As mulheres possuem características próprias que as fazem especiais, como conseguir realizar diferentes atividades ao mesmo tempo e ter sensibilidade para resolver conflitos. Com o passar dos anos estão cada vez mais independentes e aparecem muitas vezes em estatísticas liderando as cadeiras nas universidades. Mesmo com tantos compromissos, ainda fazem questão de construir sua família.  
Com a chegada da pandemia e o isolamento social, as escolas fecharam e a regra se tornou ficar em casa.  Para as que já trabalhavam fora, muitas tiveram que levar suas atividades para dentro do lar. Aliás, alguém deve ter dito: fique com seus filhos e se adapte a realizar o que sempre fez cuidando da família e ajudando nas aulas remotas ao mesmo tempo. Mas não esqueça que os resultados esperados continuarão sendo os mesmos. Para quem recebeu essa oportunidade de trabalhar em casa continuou com as mesmas cobranças e aumentou sua carga horária, perdeu sua privacidade porque o celular não para de chamar. O que já era exaustivo se tornou necessário e estressante. Não houve escolhas e a única saída encontrada foi a adaptação. E mais uma vez essas mulheres mães se reinventaram.
Algum cômodo da casa se transformou em espaço para trabalhar, em algum horário específico as tarefas das crianças precisam ser realizadas, o alimento na mesa e a limpeza são atividades cotidianas que não podem faltar. E tem também que no meio disso tudo dar atenção aos filhos. O lazer quase não existe enquanto tudo continua fechado ou com restrições, e o descansar parece uma utopia. Todas admitem a falta que faz as escolas abertas, mas nem todas confiam em levar seus filhos nesse momento para as atividades presenciais quando retornarem. Dilemas, inseguranças e dúvidas só aumentaram para essas mães. Se antes já não era fácil, agora nem se fala.
A data em sua homenagem se aproxima, mas mesmo parecendo tão repetitivo o que vou escrever, todos os dias são delas que se obrigam a seguir mesmo em momentos difíceis, que pensam em desistir e se fortalecem ao olhar para os filhos. Compreendem que o lar só funciona com  sua dedicação, porém, precisam que todos as ajudem com as tarefas. Muitas se reinventaram, tiraram forças da fé para seguir, estão exaustas e assustadas e mesmo assim continuam fazendo o seu melhor pela família e educação dos filhos. Como professora, tenho visto mães muito dedicadas e auxiliadoras nesse momento, precisamos delas para nos ajudar com as atividades em casa. E como mãe, estou aqui tentando dar o meu melhor para ajudar minha filha com suas tarefas escolares e continuar sendo uma boa profissional apesar de todos os desafios dobrados e triplicados.
Feliz dia de quem não desiste e continua oferecendo seu afeto e atenção a quem ama incondicionalmente. Abrace, ame e aproveite sua mãe, não está sendo fácil para ela também. E se a sua já se foi, agradeça o tempo e a oportunidade de ter convivido com ela, faça da saudade um momento de boas lembranças, desista da dor, ela nos fere ainda mais. Celebre essa data com gratidão, agradeça pela vida e a saúde. Muitas pessoas estão chorando nesse momento tão difícil que estamos vivenciando, porque estar vivo é como um sopro. Não deixe para dizer o quanto ama depois que os olhos se fecharem. Aproveite sua mãe.
Feliz Dia Guerreiras!