A sala de aula é um mundo cheio de pessoas com histórias, culturas, crenças e necessidades diferenciadas. A atividade preparada para aquele dia pode ser para todos, mas a forma como será realizada e compreendida é individual. Essa é a mágica do professor, que mesmo com tanta pluralidade ao seu redor, consegue envolver todos os olhares e ouvidos para um só tema. Com certeza um desafio diário, profissão que pouquíssimas pessoas têm coragem ou gostam de realizar. E para completar tanta complexidade, existem também as particularidades de cada aluno, muitos com seus problemas familiares cheios de esperança e alegria em estar na escola.

Enquanto algumas realidades escolares possuem crianças e adolescentes carentes de mais presença familiar e menos atividades extra curriculares, outras é a violência, o abuso e até a fome que podem atrapalhar a concentração e o interesse em aprender. E mesmo com tantos mundos para descobrir e ajudar a transformar a partir do conhecimento, o educador que observa consegue perceber quando o educando está passando por alguma situação que tire o seu foco da aprendizagem.

Somos um pouco psicólogos, pais e mães emprestados, o ouvido atento, a orientação que ás vezes falta em casa, a mão amiga caso venha a precisar. São muitos desafios no meio de tantos compromissos pedagógicos cobrados diariamente, que muitas vezes nos afetam emocionalmente, porque temos a mania de querer mudar o mundo ou as realidades que de forma negativa nos impactam. Tem vezes que nos entristecemos, outras nos preocupamos e queremos de alguma forma tentar ajudar ou amenizar aquela situação. Assim seguimos, cuidando e ensinando com carinho de gente como a gente. Mas e os professores, quem cuida deles?