Ricardo Peró Job
Luzes & Sombras
Picaretagem
Segundo o IBGE, existem pelo menos dezesseis mil ONGs cadastradas na Amazônia, muitas delas estrangeiras. Uma auditoria do TCU apurou que foram repassados R$ 252 milhões do Fundo Amazônia (cujo gestor é o BNDES) para dezoito delas. Deste total, segundo os registros, 85% foi gasto com palestras, livros e pesquisas, algumas sem registro de publicação e de pouca validade prática. Portanto, grande parte desta verba não foi usada efetivamente no combate ao desmatamento, na proteção da fauna e da flora ou no auxílio aos indígenas da região.
Estimado líder
O governo da Coreia do Norte, que tem o apoio aqui no Brasil do PT e do PC do B, proibiu a sua população de demonstrar sinais de alegria por onze dias em homenagem aos dez anos da morte do ex-ditador Kim Jong Il, pai do desiquilibrado e grotesco Kim Jong Um. Kim Jon Il era chamado carinhosamente pela imprensa oficial de "estimado líder".
TSE prova que sempre podemos piorar
As novas e caras urnas eletrônicas recém adquiridas na gestão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, estão sob suspeita. A inovação, que substitui os cartões de memória por entradas USB, segundo o especialista em segurança cibernética Douglas Lopes, "escancara as portas para vários tipos de ataques". Douglas afirmou que se a entrada for exposta a hackers, haverá "alto risco para a eleição", pois existem programas específicos para hackers utilizarem em drives USB, como Bash Bunny, LanTurtle, Rubber Ducky e USB Armory. Portanto, Barroso botou dinheiro público fora e pôs em risco a lisura das eleições. E não adianta ter faniquitos.
Ideia de jerico
O suplente de senador pelo Estado do Tocantins, Siqueira Campos, assumiu por apenas um mês em substituição ao titular da vaga, senador Eduardo Gomes. Mesmo assim, aproveitou para ressuscitar através de um projeto uma ideia de jerico: a criação do "Estado de Tapajós". O novo elefante branco, que arrancaria um naco do Estado do Pará e contaria com apenas um milhão de habitantes iria requerer um novo governo estadual, uma Assembleia Legislativa com novos deputados, novas vagas para deputados federais e senadores, Ministério Público estadual, Tribunal de Justiça, Tribunal Eleitoral, Justiça do Trabalho, Tribunal de Contas, policias civil e militar, além de prédios para abrigar os novos "aspones". E o pagador de impostos "que se exploda".
Sustentáculos da Nação
São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Amazonas, Paraná, Rio de Janeiro, Espirito Santo e Minas Gerais são os únicos Estados brasileiros que não são deficitários, portanto, são os que sustentam aos demais, recebendo de volta muito menos do que arrecadam em impostos do governo federal. Embora esta sangria permanente, seus indicadores de qualidade de vida são superiores aos demais.
Estados antigos como Bahia, Alagoas, Pará, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte, entre outros, seguem sendo deficitários, apesar das constantes e já seculares ajudas federais. Estados novos como Acre, Amapá e Roraima, enviam entre R$ 2 mil e R$ 3 mil por habitante em impostos para a União, mas receberam cerca de R$ 4 mil do governo central. Já São Paulo, carro chefe da economia nacional, envia R$ 12 mil por habitante, mas recebe pouco mais de R$ 250 de volta. O curioso é que a maioria dos Estados deficitários possuem governos de esquerda.
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