Ricardo Peró Job
Luzes & Sombras
Burocracia
A burocracia brasileira, segundo estudiosos herdada de nossas raízes portuguesas, além de travar qualquer tentativa de avanço desenvolvimentista, às vezes beira o ridículo. Esta semana, a Justiça Federal determinou que o Ministério da Saúde publicasse em seu site uma decisão vital: se feijões milagrosos anunciados e vendidos pelo pastor Valdemiro Santiago durante o início da pandemia, curam ou não a Covid-19. No mês de maio, o piedoso e desapegado líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, disse em vídeo que diversas pessoas estavam sendo curadas após plantar uma semente do feijão abençoada por ele. As sementes eram enviadas aos fiéis em troca de uma oferta espontânea em moeda sonante. A decisão do Ministério da Saúde, até esta quinta-feira, ainda não havia saído.
Direitos Humanos
A ONU continua sendo uma piada. E de mau gosto. Além de ter na diretoria-geral da OMS Tedros Adhanom Ghebreyesus, servo da ditadura chinesa e ex-ministro de uma ditadura comunista da Etiópia, no início de outubro, elegeu China, Cuba e Rússia para fazerem parte do Conselho de Direitos Humanos do órgão. Os três países são acusados de reiteradas violações de direitos humanos a mais de três décadas.
Encontro macabro
No final de setembro, ocorreu um encontro ex-presidiário e ex-presidente Luiz Inácio da Silva, o Lula, e do ex-ministro e coronel nordestino Ciro Gomes (PDT) na cidade de São Paulo. O convescote ocorreu na sede do enroladíssimo Instituto Lula. O articulador a reunião foi o governador do Ceará, Camilo Santana, do PT, mas ligado à família Gomes. Na pauta, a "salvação do Brasil".
Privatização
Com medo da privatização, uma rica campanha publicitária da estatal de energia - CEB, está sendo realizada por sindicalistas nos meios de comunicação da capital federal. Na peça publicitária, a pelegada brasiliense exalta as benesses e "vantagens" da estatal. Para se ter uma idéia de como funciona o elefante branco, seus funcionários, além de outros penduricalhos, como 14º salário, recebem até mesmo algo chamado "auxílio-babá". Já os salários de seus briosos engenheiros beiram os R$300 mil mensais. Como diria Tarso Genro, muito "democrática e popular" a CEB.
Constituinte
A ideia do líder do governo, deputado Ricardo Barros, da realização de um plebiscito popular para saber se a população apóia ou não a realização de uma nova Assembléia Nacional Constituinte, ao que parece, não agradou ninguém no poder. O próprio governo, através do vice-presidente Hamilton Mourão, refutou a idéia. Também o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, se manifestou contrário a convocação. Mas o órgão que mais refutou a idéia foi a OAB. Em nota, saiu-se com a seguinte pérola: "A convocação de uma nova Assembleia Nacional Constituinte, além de proposta inócua para a resolução de eventuais questões econômicas ou políticas vivenciadas pela sociedade, representa uma ameaça aos direitos e garantias fundamentais assegurados na ordem constitucional brasileira, bem como significa uma quebra da ordem constitucional e uma agressão à democracia".
Pessoalmente, sou contra a realização de uma nova constituição, mas chamar um plebiscito popular de "agressão à democracia", dói na alma.
Campanha milionária
A campanha da candidata do PC do B, Manuela D'Ávila à Prefeitura de Porto Alegre, cuja propaganda de vermelha passou à azul, já dispõe de quase R$ 3 milhões. É simplesmente o dobro do candidato em segunda colocação em arrecadações. Até aí, tudo bem. O problema é que, a principal doadora da candidata comunista pertence à família de uma das mais poderosas corporações bancárias do Brasil. Seu pai é Fernão Bracher, já falecido, e o seu irmão é o presidente do Itaú Unibanco, que adquiriu o BBA, fundado por Fernão. Beatriz Bracher doou R$ 30 mil para a campanha da candidata. Manuela, que costuma passar as férias com a família no "paraíso socialista dos EUA", ao que parece, odeia mesmo os capitalistas.
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