Ricardo Peró Job
Luzes & Sombras
Pinóquio
O ex-presidente e ex-presidiário, Luiz Inácio da Silva, o Lula, juntamente com seus seguidores, continua a campanha para confundir a população menos letrada do país. Para tal, ataca a honra daqueles que o investigaram e desqualifica os que o julgaram. Embora o foco principal seja o ex-juiz Sérgio Moro, pois ao atingi-lo insinua um complô urdido por Bolsonaro para desmoralizá-lo, "Lula" foi condenado por outros juízes e por colegiados de desembargadores. Mas o tipo é tão descarado que, em entrevista recente, teve a desfaçatez de iniciá-la com a seguinte afirmação: "eu, que já provei minha inocência...". Na realidade, e tanto ele como seus seguidores sabem disso, o meliante foi duas vezes condenado em primeira e segunda instância, por corrupção e lavagem de dinheiro e, só está solto, porque seus amigos do STF derrubaram, em votação apertada, a prisão após condenação em segunda instância no Plenário da casa. Atualmente, em paralelo a sua campanha para confundir a população fazendo-se de "perseguido político", seus advogados utilizam-se dos intermináveis recursos da kafkiana Justiça brasileira para protelar novas condenações. Só na semana que passou, o Superior Tribunal de Justiça negou sete recursos do petista em ações da Lava Jato. As ações, apenas protelatórias, nem mesmo questionavam as provas apresentadas pela acusação.
Jornalismo vagabundo
O programa Fantástico, da Rede Globo, passou agora a ser o principal palco dos ataques da emissora ao governo federal. No domingo que passou, ao apresentar "reportagem" sobre a soltura do líder do PCC, André do Rap, pelo juiz do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello, conseguiu atirar a reponsabilidade da "jabuticaba" enfiada no projeto anticrime enviado ao Congresso pelo ex-ministro Sérgio Moro no presidente Jair Bolsonaro.
Na realidade, a revogação automática de prisões preventivas após 90 dias foi apenas uma das jabuticabas que o Congresso enfiou no pacote anticrime do governo, completamente deformado e desidratado pelos parlamentares. A culpa do presidente, neste caso, foi apenas uma: seu pouco esforço para deter o desmonte do projeto de Moro. Seus motivos foram muitos: além da preocupação com o futuro penal de seu pimpolho, o senador Flávio, brotava também em Bolsonaro o ciúme explícito de seu ministro da Justiça, então bem colocado nas pesquisas nacionais de opinião. Mas certamente, o fato mais importante em seu descaso para com o projeto, foi seu foco na reforma da previdência, considerada vital por seu ministro Paulo Guedes. Com vistas à aprovação da reforma, deixou com que a Câmara desfigurasse a seu bel prazer o projeto anticrime, temido por muitos deputados e senadores.
Mas, o programa da rede Globo de Televisão ignorou tais fatos. Omitiu que o "pacote" enviado pelo governo ao Congresso não continha a aberração que resultou na soltura do criminoso do PCC, e que esta fora obra de parlamentares corruptos legislando em causa própria. O "Fantástico", registrou apenas "o projeto do governo foi aprovado no Congresso e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro". E não ficou por aí. Aproveitando-se da fala infeliz do presidente - mais uma para sua coleção de asneiras - "acabei com a Lava Jato porque não tem corrupção no governo", o programa passou a dar "flashes" de todos os malfeitos ocorridos durante o seu mandato, mesmo que colaterais e sem a reponsabilidade direta do presidente. Em suma, atribuiu-lhe a culpa pelos fatos. Gostar ou não de Bolsonaro é uma coisa. Atribuir-lhe culpas indevidas, é mau-caratismo. A emissora, que desde o início do governo Bolsonaro vem se consagrando pelo jornalismo de segunda categoria, parece não ter limites.
Quer moita
O senador Humberto Costa, do PT do Ceará, quer acabar com a transmissão, pela TV Justiça, dos julgamentos do Supremo Tribunal Federal. Na quarta-feira, aproveitando a "sabatina" - para inglês ver - aplicada pelo Senado ao jurista "fake" Kássio Marques, saiu-se com a seguinte pergunta: "Pergunto se Vossa Excelência se disporia a levar uma proposição ao Supremo Tribunal Federal no sentido de que as sessões deixassem de ser transmitidas e acontecesse (sic) como em outros países onde isso não ocorre, exatamente para preservar a independência e a autonomia e eliminar qualquer risco de a opinião publica interferir naquilo que é o julgamento determinado pelas leis".
Humberto Costa, que é suspeito de ter recebido propina oriunda de contratos superfaturados da Petrobras com a Odebrecht está preocupado com a exposição pública, pois agora os casos penais são julgados pelo Plenário do Supremo. Os julgamentos do Plenário, casualmente, são todos televisionados.
Deixe seu comentário