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Rubens Montardo

Benjamin Ferencz

O advogado Benjamin Berell Ferencz, nasceu em Șomcuta Mare, no dia 11 de março de 1920; e faleceu , em 7 de abril de 2023, aos 103 anos de idade. Ferencz foi um advogado americano nascido na Hungria, que participou do tribunal de Nurember, foi um investigador de crimes de guerra nazistas após a Segunda Guerra Mundial e o promotor chefe do Exército dos Estados Unidos no Processo Einsatzgruppen, um dos doze julgamentos militares realizados pelas autoridades dos Estados Unidos em Nuremberg, na Alemanha. As experiências logo após a Segunda Guerra Mundial deixaram uma marca definitiva de 13 anos, e sob a impressão dos acontecimentos da Guerra do Vietnã, Ferencz deixou a advocacia privada e, a partir de então, trabalhou para a instituição de um Tribunal Penal Internacional que serviria como a instância mais alta do mundo em questões de crimes contra a humanidade e crimes de guerra. Ele também publicou vários livros sobre esse assunto. Já em seu primeiro livro publicado em 1975, intitulado "Defining International Aggression-The Search for World Peace", ele defendeu o estabelecimento de um tribunal internacional. De 1996, Ferencz também trabalhou como professor adjunto de direito internacional na Universidade Pace em White Plains, Nova York.

Ele ficou mundialmente conhecido por ter atuado no julgamento que, na segunda metade da década de 1940, condenou líderes do regime nazista alemão. Alguns foram sentenciados à morte. Ferencz, que tinha 27 anos na época, era o último remanescente dos promotores que estiveram em Nuremberg.  O advogado nasceu na Transilvânia, que hoje faz parte da Romênia, mas imigrou ainda criança para os Estados Unidos. Até ir para a escola nos EUA, ele não falava inglês, só iídiche, língua derivada do alemão e falada por judeus europeus — o idioma também era muito falado em bairros de cidades como Nova York. Ferencz foi a primeira pessoa da família a fazer ensino superior: formou-se em direito em crimes de guerra, alistou-se no Exército no meio da Segunda Guerra Mundial, mas não chegou a ir para a zona de combate, pois rapidamente acabou nomeado para a unidade responsável por reunir evidências dos crimes dos nazistas.

Segundo o jornal “Washington Post”, o advogado visitou diversos campos de concentração nazista. Depois da guerra, Ferencz voltou aos EUA e passou a atuar como advogado civil que respondia ao general Telford Taylor, o promotor chefe dos EUA principais dirigentes nazistas já tinham sido condenados quando Ferencz começou a atuar no tribunal. Nessa fase, foram processados: médicos nazistas que fizeram experimentos em prisioneiros de campos de concentração; empresários que usaram prisioneiros de campos de concentração como escravos; e Um grupo paramilitar de nazistas que matava civis, principalmente com tiros, chamado Einsatzgruppen. Ferencz foi o responsável por processar esse último grupo. Esse esquadrão da morte nazista viajava para diferentes cidades e matava civis em cada local. Em Kiev, na Ucrânia, esse grupo matou cerca de 34 mil judeus. Os pesquisadores conseguiram encontrar documentação do Einsatzgruppen, chamado por Ferencz de recibos de assassinatos. RIP!

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