URUGUAIANA JN PREVISÃO

Rubens Montardo

Justiça

Após 18 anos, parece que um crime terá seu desfecho. O fato aconteceu na capital gaúcha. O ataque ocorreu em 8 de maio de 2005, nas imediações de um bar na Rua General Lima e Silva, na Cidade Baixa. Por volta das 2h, Rodrigo Fontella Matheus, Edson Nieves Santanna Júnior e Alan Floyd Gipsztejn estavam em pé, na calçada, quando foram cercados pelo grupo. Foram agredidos, com socos e pontapés, e dois deles atingidos por golpes de faca. Um deles teve ferimentos mais graves e precisou permanecer hospitalizado. Eles foram atacados por um grupo de skinheads, de ideologia neonazista. "Eram dois, três batendo em um. Foi uma covardia. Não era briga, era um massacre, uma surra covarde", afirmou uma testemunha, na oitiva diante da Juíza de Direito Lourdes Helena Pacheco da Silva.

Estão sendo julgados Valmir Dias da Silva Machado Júnior, Israel Andriotti da Silva e Leandro Maurício Patino Braun - a previsão é de que o júri acabe nesta sexta-feira, dia 31/03. Outra testemunha destacou a violência. “Não chamaria de agressão, parecia uma cena de filme de terror. Tinha um grupo de pessoas uniformizadas, atacando um cara, chutando muito. Outro grupo fazia uma barreira, ameaçando quem tentasse ajudar. Xingavam a pessoa agredida. Eles não paravam”, recordou. Ainda, destacou que, na época dos fatos, conseguiu identificar com facilidade alguns dos agressores que não utilizavam máscaras. “Demorou para cair a ficha que era um crime de ódio. Tentamos chegar perto para ajudar e fomos ameaçados”, lembrou.

“Me dei conta de que as pessoas que agrediam estavam com similaridades, sapatos, roupa, calças camufladas e cabeças raspadas. Ao chão, ao lado da pessoa agredida, tinha um quipá e um caderno com escritos em hebraico. Foi quando percebemos que era um crime racial”, relatou outra testemunha. Três réus estão sendo julgados por tentativas de homicídio qualificado (motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa dos ofendidos), associação criminosa e crime de discriminação ou preconceito racial. O crime só não se consumou devido à intervenção de terceiros que estavam no local e o pronto atendimento médico. Esperamos que, mesmo transcorrido tanto tempo, finalmente se faça Justiça!

Cortes

A chamada "guerra pela atenção" na mídia é cada vez mais acirrada. Agora, as opções para veicular publicidade não param de crescer. E o impacto é evidente. A Globo não foi a única a promover expressivos cortes. Google, Meta (dona do Facebook e Instagram), Twitter, Amazon, Spotify, Disney, Warner Bros. Discovery, Paramount, Netflix e outros gigantes de mídia têm promovido cortes. Recentemente, a Amazon anunciou mais 9 mil demissões e a Meta mais 10 mil. A Amazon no ano passado já havia demitido 18 mil e a Meta outros 11 mil. Disney e Warner inclusive disseram que para cortar custos vão começar a licenciar conteúdo para concorrentes, algo impensável até o ano passado, quando perdiam bilhões para crescer suas plataformas de streaming. Novos tempos!

Oráculo

“A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo o lugar”. - Martin Luther King Jr. (1929-1968), pastor batista e ativista político estadunidense.

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