Rubens Montardo
SOS Cinemateca Brasileira
Sétima Arte
Creio ser impossível um ser humano, mesmo com ínfimo resquício de inteligência não ter admiração pelo Cinema. Numa lista rápida podemos elencar uns 20 filmes que marcaram a história da humanidade. No Brasil, carente de tantas coisas, nossa memória cinematográfica corre perigo. Não deveríamos ter esquecido o incêndio de grandes proporções que atingiu a sede do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, na noite de 2 de setembro de 2018, destruindo quase a totalidade do acervo histórico e científico construído ao longo de duzentos anos, e que contava com vinte milhões de itens catalogados. Além do seu rico acervo, também o edifício histórico que abrigava o Museu, antiga residência oficial dos Imperadores do Brasil, foi extremamente danificado. Pasmem, mas este sinistro já caiu no mais completo esquecimento. Quanto a perda cultural, ninguém mais fala. País sem memória, sem cultura e sem respeito por sua trajetória histórica e cultural. Hoje, quem agoniza é a Cinemateca Nacional, sediada na cidade de São Paulo e que abriga milhares de películas e algumas obras-primas do cinema nacional. A instituição está no centro de uma disputa entre o Governo Federal e a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto, que administra o acervo. No último dia 27 de junho tivemos o primeiro aviso. O gerador, cuja função é manter refrigerados os espaços onde estão depositados os filmes entrou em colapso, ocorreu uma pane. Estes negativos (nitrato de celulose) formam um material que facilmente entra em autocombustão. No local, repousam 250 mil filmes e um milhão de documentos, materiais que pertenciam ao Departamento de Imprensa e Propaganda, o famoso DIP do presidente Getúlio Vargas; o arquivo da TV Tupi; filmes das chanchadas da Atlântida (Oscarito, Grande Otelo, Watson Macedo, Zé Trindade, Dercy Gonçalves, Ankito), relíquias do cinema novo, filmes nacionais antigos e novos, e imagens de futebol do histórico Canal 100. Infelizmente, a Cinemateca Brasileira e seu valioso acervo pedem socorro. Li recente artigo do cineasta gaúcho Carlos Gerbase (diretor do inesquecível Verdes Anos) denunciando esta lamentável situação. Vamos fazer algo por nosso Brasil? Quem sabe com a força das redes sociais consigamos ajudar postando um #SOSCinematecaBrasileira
Cinquentenário
Oscarito, era o nome artístico de Oscar Lorenzo Jacinto de la Inmaculada Concepción Teresa Díaz (Málaga, 16 de agosto de 1906 - Rio de Janeiro, 4 de agosto de 1970), foi um ator hispano-brasileiro, considerado um dos mais populares cômicos do Brasil.
Bomba
Hoje, dia 6 de agosto, marca os 75 anos de lançamento da primeira bomba atômica na cidade japonesa de Hiroshima pelos americanos na Segunda Guerra Mundial. A bomba atômica de urânio (Little Boy) foi lançada sobre Hiroshima em 6 de agosto de 1945, seguido por uma explosão de uma bomba nuclear de plutônio (Fat Man) sobre a cidade de Nagasaki em 9 de agosto. Dentro dos primeiros 2-4 meses após os ataques atômicos, os efeitos agudos das explosões mataram entre 90 mil e 166 mil pessoas em Hiroshima e 60 mil e 80 mil seres humanos em Nagasaki; cerca de metade das mortes em cada cidade ocorreu no primeiro dia. Durante os meses seguintes, vários morreram por causa do efeito de queimaduras, envenenamento radioativo e outras lesões, que foram agravadas pelos efeitos da radiação. Em ambas as cidades, a maioria dos mortos eram civis e foi o primeiro momento na história em que armas nucleares foram usadas em guerra e contra alvos civis.
Espanha
Juan Carlos, o rei emérito da Espanha, que abdicou em favor do filho, Felipe VI em 2014, anunciou que deixa o país, após divulgação dos últimos escândalos na imprensa. O Tribunal Superior da Espanha analisa um contrato de 6,7 milhões de euros para construção de uma linha de trens de alta velocidade entre as cidades de Meca e Medina na Arábia Saudita e que teriam gerado uma propina de 100 milhões de dólares ao monarca. Outra atitude que chamou atenção da Justiça foi que Juan Carlos doou para sua amiga Corinna Larsen a bagatela de 65 milhões de dólares. Em tempo: o homem era generoso nos presentes.
Centenários
O último dia 22 de julho marcou o centenário de nascimento do professor paulista Florestan Fernandes, destacado sociólogo e político brasileiro. Foi deputado federal e participou da Assembleia Nacional Constituinte. Recebeu o Prêmio Jabuti em 1964, pelo livro Corpo e alma do Brasil, e foi agraciado postumamente em 1996 com o Prêmio Anísio Teixeira. Dia 26 de julho foi o centenário de nascimento do paraibano Celso Monteiro Furtado, economista brasileiro e um dos mais destacados intelectuais do país ao longo do século XX. Suas ideias sobre o desenvolvimento econômico e o subdesenvolvimento enfatizavam o papel do Estado na economia.
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