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Tradição

Dupla de Uruguaiana é vice-campeã da Dança de Salão no JuvEnart

Reprodução/Fenix Fotografias - Representando o CTG Patrulha do Oeste, o casal brilhou na competição realizada no último final de semana

Com sincronia, emoção e muita dedicação, os jovens Maria Luiza Borges e João Vitor Losa, ambos com 16 anos, conquistaram o segundo lugar no JuvEnart — o maior festival de danças tradicionais gaúchas da categoria juvenil. Representando o Centro de Tradições Gaúchas Patrulha do Oeste, o casal brilhou na competição realizada no último final de semana, encantando os jurados e o público com apresentações marcadas pela técnica e pela paixão pela cultura gaúcha. 

O caminho até o vice-campeonato foi trilhado com disciplina e coragem. Na fase classificatória, Maria Luiza e João Vitor optaram por dançar a milonga, um dos ritmos mais exigentes da cultura tradicionalista. Na final, apresentaram-se com o chote e o chamamé, duas danças que exigem domínio técnico e sintonia entre os pares. A escolha estratégica da milonga foi arriscada, mas mostrou-se decisiva para levá-los ao pódio. 

A trajetória da dupla começou ainda na infância, aos 10 anos. Na época, participaram do Festival Estadual Tradicionalista Mirim (FestMirim) , mas, como eles mesmos contam, não chegaram a passar para a segunda etapa da competição. Com o tempo, seguiram caminhos distintos e se afastaram da dança de salão. Foi somente após o período de pandemia que retomaram os ensaios, agora na categoria juvenil, com mais maturidade, foco e paixão pela arte. 

“Nós voltamos com tudo depois da pandemia. O senhor Darcy foi essencial nesse processo. Ele sempre acreditou na gente, mesmo quando nem nós mesmos acreditávamos”, relembra Maria Luiza. Ao lado dos instrutores Darcy Pereira e Milene Ribeiro, os jovens se dedicaram intensamente aos ensaios durante todo o ano. O apoio da equipe técnica foi fundamental para o desempenho da dupla, não apenas no aspecto técnico, mas também psicológico. 

Além do apoio dos instrutores, a família e a comunidade do CTG Patrulha do Oeste foram peças-chave nessa conquista. “Uma das palavras que mais define nossos sentimentos nesse momento é gratidão”, destacam os jovens. Eles enfatizam a importância da torcida local e dos amigos que estiveram presentes, incentivando cada passo e vibrando com o resultado. “A gente sentia que não estava dançando sozinho.” 

Mesmo com o nervosismo natural da competição, a dupla demonstrou maturidade ao enfrentar os desafios com coragem. A milonga, por exemplo, foi escolhida apesar de ser uma dança mais suscetível a erros. “Foi tipo um tiro no escuro. Mas sabíamos que, se passássemos, teríamos mais chance de garantir uma boa colocação com o chote na final”, explica João Vitor. 

Mais do que a colocação em si, os jovens dançarinos valorizam a experiência e o sentimento de dever cumprido. “O que importa não é o resultado, é tu mostrares ao jurado e para quem está assistindo o amor que tu tens pela dança”, reflete a dupla. A emoção de se apresentar no tablado e ver o reconhecimento do público e dos jurados foi o maior prêmio para eles. 

Com esse resultado, Maria Luiza Borges e João Vitor Losa se consolidam como segundo melhor par juvenil da categoria Dança de Salão do estado. E, mais do que o troféu, eles carregam a certeza de que a dança é também um ato de amor, conexão e resistência cultural, uma herança viva que pulsa no compasso de cada passo. 

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