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Curta uruguaianense é selecionado para o 53º Festival de Cinema de Gramado

Reprodução - Com 19 min20seg de duração, Trapo se destaca como uma realização coletiva e profundamente enraizada em seu território.

De 13 a 25 de agosto ocorre a 53ª edição do tradicional Festival de Cinema de Gramado, um dos eventos mais importantes do cinema nacional. Este ano, na categoria de curta-metragem gaúcho, o filme “Trapo” representa Uruguaiana. Com direção de João Chimendes e roteiro também de Chimendes e de Felipe Oliveira. 

O curta-metragem traz uma narrativa afetiva e visualmente vibrante sobre a infância e os laços que a atravessam. Ambientado em Uruguaiana, o filme acompanha Leo, um menino filho de uma costureira que se vê inquieto com a notícia de que sua melhor amiga irá embora para a capital, levando com ela o celular que usavam para se comunicar. O enredo simples e tocante carrega uma reflexão sobre abandono, memória e vínculos afetivos, com uma estética nostálgica e regional. 

“Nos inspiramos muito nas nossas vivências da infância no interior. Queríamos imprimir essa sensação nostálgica a partir do cotidiano mesmo”, contou o diretor João Chimendes. “A fotografia do filme tem um visual bem vivo justamente pra remeter a essa memória afetiva”, completa o diretor. 

As gravações aconteceram em março de 2025, em apenas dois dias. A preparação do elenco e do roteiro foi feita em fevereiro, de maneira ágil e muito planejada. A pós-produção, que incluiu montagem, tratamento de cor e som, foi concluída no início de maio. 

Produzido pela Fora D’Água Filmes, Trapo tem roteiro assinado por Chimendes e Felipe Oliveira, que também atua como diretor de fotografia. No elenco, apenas artistas locais: Leonardo Oliveira, Renata Aquino, Emanuela Helena, Flora Silva, Paula Ferreira e Carlos Vaz Martins. Toda a equipe técnica também é composta por profissionais de Uruguaiana — uma escolha consciente que reforça o caráter regional do projeto. 

“É a primeira vez que Uruguaiana será representada em Gramado. Estamos muito empolgados com isso. É histórico, sabe? Mostra o potencial que a nossa cidade tem pra produzir cinema”, afirma Chimendes. 

O filme é o primeiro da trilogia idealizada pelos diretores, que se complementa com mais um curta previsto para o final de 2025 e o longa-metragem Vira-Lata, também dirigido por Chimendes, com estreia prevista ainda para este ano. Toda a produção de Trapo foi financiada de forma independente, com recursos vindos de cachês de apresentações teatrais recebidos pelo próprio diretor e por Felipe Oliveira, também produtor do curta. 

Com 19 min e 20 s de duração, Trapo se destaca como uma realização coletiva e profundamente enraizada em seu território. Um exemplo vivo do cinema feito fora dos grandes centros, com afeto, talento e pertencimento. 


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