Espetáculo de Uruguaiana é indicado ao 15º Prêmio Olhares da Cena 
Cena do espetáculo “As Aventuras de Dom Quixote e Sancho Pança”, indicado ao 15º Prêmio Olhares da Cena 2025. | Créditos: Divulgação/Cia Clandestinos 

Montagem da Cia Clandestinos concorre em categorias do teatro adulto e técnicas na premiação nacional 

Autor: Fellipe Medeiros 

O espetáculo As Aventuras de Dom Quixote e Sancho Pança, da Cia Clandestinos, de Uruguaiana, foi indicado ao 15º Prêmio Olhares da Cena 2025, que reconhece produções das artes cênicas brasileiras. A obra figura entre os destaques do teatro adulto e também concorre nas categorias de Melhor Maquiagem e Melhor Ator, com indicação para Douglas Pereira. A lista oficial de indicados foi divulgada neste mês pelas plataformas digitais da premiação. 

Inspirada no clássico da literatura espanhola de Miguel de Cervantes, a montagem apresenta uma adaptação voltada ao público adulto. O trabalho foi desenvolvido por uma companhia sediada em Uruguaiana, no interior do Rio Grande do Sul, e circulou por cidades, escolas e festivais ao longo da temporada. A indicação insere a produção no circuito nacional de avaliação crítica das artes cênicas. 

Criado como uma iniciativa independente de crítica teatral, o Prêmio Olhares da Cena reúne produções de diferentes regiões do país. A premiação não conta com cerimônia presencial nem troféu físico, funcionando como um reconhecimento simbólico e curatorial do que se destacou ao longo do ano. As categorias abrangem teatro adulto, teatro infantil, dança e áreas técnicas, como figurino, maquiagem e fotografia de cena. 

No caso da Cia Clandestinos, a presença entre os indicados técnicos chama atenção para o cuidado estético do espetáculo. A indicação de Douglas Pereira na categoria de Melhor Ator também evidencia o trabalho interpretativo desenvolvido na montagem, que aposta em uma construção cênica baseada no trabalho coletivo e na pesquisa teatral continuada. 

Para Douglas, o reconhecimento reflete a força de um projeto que se mantém vivo ao longo do tempo. “Há três anos, essa montagem percorre cidades, escolas e festivais e continua mostrando que o teatro vive em cada olhar curioso que se encanta com a primeira cena”, afirma.