De volta ao calendário da Fórmula 1 após um ano de ausência provocado pela pandemia do coronavírus, o GP da França vem com pequenas alterações em cerca de 70% do traçado em Paul Ricard. As mudanças, que envolvem o recapeamento da pista de 5,8 km e a remodelação de 14 das 15 curvas, foram concluídas neste mês, porém, foram limitadas para não alterar drasticamente as configurações do circuito.
Com isso, a ideia de adicionar mais um ponto de ultrapassagem na pista com a reformulação das primeiras curvas do traçado, debatida no início de 2020 pela direção da prova, foi abandonada.
As mudanças mais acentuadas foram feitas nas curvas 5 e 7. A primeira passou por mudanças visando melhorar a drenagem da pista, com isso, uma espécie de lombada (criada para melhorar o sistema de drenagem) na trajetória dos carros promete desafiar os pilotos. Já a segunda traz alterações na aderência da pista, que estará mais lisa e vai atuar sobre a velocidade dos carros antes da curva 8.
“Ela fica antes de uma longa reta, então a aderência nessa curva em particular será fundamental para a velocidade e a ultrapassagem. Definitivamente, os pilotos sentirão que está muito menos acidentado na área recém-restaurada. Nas partes que não fizemos, principalmente as retas, eles vão sentir os solavancos” antecipou Jarno Zaffelli, proprietário da empresa responsável pelas alterações.
Além das novidades, que excluem a curva 10 (Signes), o asfalto na entrada do pitlane também foi refeito. A manutenção das características de Paul Ricard se justifica pelo fato da pista também servir como palco de testes, da fornecedora de pneus da F1, por exemplo.
As propostas anteriores de mudança em Paul Ricard, desconsideradas diante da impossibilidade de se alterar drasticamente o traçado do circuito, previam principalmente a redução do arrasto na pista. Apesar disso, a expectativa é que as reformulações sejam proveitosas.
“Havia uma quantidade elevada de pequenos refinamentos e ajustes que poderíamos implementar e tentamos fazer. O foco era realmente esse nesta fase. Isso foi feito e ficamos felizes com os resultados. Mas, agora, precisamos ver a Fórmula 1 chegando lá.” diz Zaffelli.
A última edição da etapa francesa, em 2019 foi vencida por Lewis Hamilton. No entanto, em uma temporada de recorde de ultrapassagens, a corrida registrou apenas 32 manobras, abaixo da média de 58 por corrida – de um total de 1232 ao longo do ano.


