Agroecologia
Educação no campo: uma proposta de ensino e prática na agroecologia
Jair Nunes imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Circulo de bananeiras
A educação no campo é uma entre tantas realidades vividas por estudantes, professores e a comunidade escolar em áreas rurais. O ensino em escolas do interior representa o contexto cultural e geográfico daquele local. A exemplo disto, temos a Escola Estadual de Ensino Fundamental Paulo Freire, situada no interior de Manoel Viana, no Assentamento Santa Maria do Ibicuí.
Cerca de 230 famílias de agricultores vivem no assentamento Santa Maria do Ibicuí que tem como base econômica a produção de leite, hortifrutigranjeiros, gado de corte, arroz, soja, milho, aves, entre outros. É neste contexto que o projeto “Educação por projetos: uma proposta além da escola do campo!”, que a Escola Estadual de Ensino Fundamental Paulo Freire se propõe aliar teoria e prática proporcionando a experimentação da agroecologia para seus os alunos desde 2016.
Tratamento da água
Atualmente os estudantes do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental gerenciam o funcionamento do círculo de bananeiras (método de tratamento das “águas cinzas” vindas de lavagens de roupas, cozinha e do banho), a fossa ecológica (o tratamento de “águas negras” no tanque de evotranspiração, que consiste na filtragem da água do banheiro através de um sistema com uma barreira física com entulho, pedra e areia e outra biológica formada por bactérias) além da cisterna para a captação da água da chuva.
Horta
Na horta agroecológica os estudantes cultivam plantas medicinais que devem ser colhidas em um determinado horário do dia para que os seus “princípios ativos” sejam mais bem aproveitados, este método baseia-se no relógio do corpo humano. Além da compostagem, do minhocário há também o pomar ecológico.
Sistema Agroflorestal
“Em 2022 retornamos com a recuperação das unidades de produção e neste ano estamos implantando uma unidade de SAF (Sistema Agroflorestal), dentro do programa Plantar árvores e produzir Alimentos saudáveis. Nesse caso temos a tarefa de plantar o máximo possível de espécies nativas nos territórios da reforma agrária e preservar nossos recursos naturais.” Diz o diretor da E.E.E.F Paulo Freire, Jair dos Santos.
Segundo o diretor da instituição, em 2016, a proposta inicial foi trabalhar a “Alimentação Saudável” com os alunos, mas no decorrer do ano letivo se percebeu o interesse da comunidade local em ampliar o assunto. Após a apresentação de um seminário no final do ano, foi realizada uma avaliação e se compreendeu a necessidade em dar continuidade ao projeto, porém de maneira mais ampla. No ano seguinte, em 2017, a escola iniciou um processo de transição na proposta indo além da alimentação saudável e abraçando os princípios da ecologia.
Para que isto acontecesse, em 2018, as professoras Cleuza Ramos, Ana Paula de Lima, Aline do Nascimento, Marjana Furquim, Luciana de Carvalho, Andreia Ceretta, Susan Ferreira e os professores Jorge da Cunha e o diretor Jair dos Santos através da apresentação do seminário sugeriram o tema da agroecologia o que possibilitou muitas parcerias com Organizações Não Governamentais (ONG’S) que participaram da transformação da E.E.E.F Paulo Freire em uma Escola Agroecológica. Segundo o grupo de professores no futuro todos os envolvidos(as) no projeto sonham com a implementação de um Curso Técnico em Agroecologia no educandário.
Deixe seu comentário