Abigeato
Campereada: Polícia laça quadrilha de abigeatários
PCRS/Divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Operação envolveu mais de 100 agentes das forças de segurança e inspetoria sanitária
por Fredo Tarasuk
O cheiro de pólvora e couro cru se misturou à chuva que caía e ao suor dos policiais na manhã desta terça, 19/11. A Operação Campereada, deflagrada pela 2ª Delegacia Especializada na Repressão de Crimes Rurais e Abigeato (2ª Decrab), caiu como um raio sobre a cabeça dos ladrões de gado que infernizavam a Fronteira Oeste. Imagine a cena: mais de cem homens da lei, entre Polícia Civil, Brigada Militar, Polícia Penal e Inspetoria Veterinária, cumprindo ordens judiciais em propriedades em Uruguaiana e Soledade. O alvo? Uma quadrilha especializada em abigeato, que vinha roubando gado e ovelhas há meses.
A investigação, que começou setembro, revelou uma teia criminosa que ia além do roubo. Esses bandidos não eram meros ladrões de galinha, mas executavam um 'trabalho' completo: roubavam o gado, transportavam os animais, abatiam e vendiam a carne sem qualquer controle sanitário. Um verdadeiro esquema 'carne podre' que colocava em risco a saúde da população.
Com a firmeza de um xerife do Velho Oeste, o delegado Vinícius Seolin destacou a redução nos índices de crimes rurais na região e afirmou que a operação reforça o compromisso das forças de segurança no combate a esses crimes. "Contamos com a atuação conjunta da Brigada Militar, através da Patrulha Rural do 1º BPAF, comandada pelo Tenente Coronel Hélio, e do 6º BPChoq, comandado pelo Capitão Gruner, além do apoio logístico do Exército Brasileiro", disse Seolin.
E os resultados da operação falam por si: cinco bandidos presos – um em Soledade e quatro em Uruguaiana – nove armas de fogo apreendidas e uma montanha de carne de origem duvidosa. A contagem do prejuízo para esses abigeatários ainda está sendo feita, mas uma coisa é certa: a festa acabou!
A Delegada Regional Daniela Borba, da 4ª DPRI, também entrou na briga: "A investigação qualificada permite a identificação dos autores, levando à responsabilização penal. Crimes dessa natureza causam grande prejuízo e insegurança no campo, e continuarão sendo duramente combatidos pela Polícia Civil", disse.
A Operação Campereada é mais um capítulo na luta contra o crime nos campos do Rio Grande do Sul. Em junho deste ano, a Operação Boi Garantido já havia colocado seis suspeitos de abigeato atrás das grades. A mensagem é clara, o campo está sob vigilância.
Deixe seu comentário