URUGUAIANA JN PREVISÃO

Caso Rafael Sartori

Bernardo Pucheta permanece em silêncio em audiência de instrução

Nilson Corrêa/JC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Pucheta permaneceu em silêncio durante o interrogatório

Ocorreu na manhã de ontem, 22/2, o primeiro encontro de Luiz Bernardo Serpa Pucheta com a Justiça no processo que trata do assassinato do advogado Rafael Sarzi Sartori, aos 33 anos, há nove anos. No dia 26 de outubro de 2018 Pucheta, que também é cidadão argentino, foi extraditado do país vizinho onde estava vivendo desde que cometeu o crime. Atualmente ele está recolhido à Penitenciária Modulada Estadual de Uruguaiana (PMEU).
Pucheta responde por homicídio duplamente qualificado e por tentativa de homicídio (contra um vigilante que atropelou durante a fuga). A audiência de instrução e julgamento ocorreu na 1ª Vara criminal, sob a presidência do juiz Guilherme Machado da Silva e com a presença de diversos advogados que acompanhavam. O Ministério Público foi representado pelo promotor Vitassir Edgar Ferrareze e atua no processo ainda o ex-promotor e advogado Rodrigo de Oliveira Vieira, contratado pela família Sarzi Sartori como assistente de acusação. Já a defesa de Pucheta está a cargo da Defensoria Pública.
A vítima da tentativa de homicídio, o vigilante Jair Pinto Rodrigues, foi o primeiro a prestar depoimento. Logo depois foram ouvidas as testemunhas do processo, todas arroladas pela acusação. A defesa de Pucheta não arrolou nenhuma testemunha.
Maior mistério acerca do crime, a motivação continua desconhecida. Isso porque Bernardo preferiu fazer uso do direito de permanecer em silêncio durante seu interrogatório e, portanto, não contou sua versão do crime.
O crime
O crime ocorreu no dia 18 de novembro de 2009, por volta de 11h30min. Rafael estava sozinho em sua sala no escritório que dividia com os irmãos Bruno e Fausto, quando foi surpreendido por Pucheta. Usando um revólver, o assassino efetuou quatro disparos contra a vítima, três deles nas costas e um no pescoço.
Após executar o advogado, Pucheta - filho de pai argentino - fugiu no carro da mãe, em direção a Paso de los Libres. Durante a fuga, atropelou o vigilante Rodrigues, sobre a Ponte Internacional. Ele abandonou o carro e seguiu a pé. Enquanto Rafael estava sendo velado, Bernardo foi preso pela polícia argentina, em um ônibus, em Monte Caseros, ainda com a arma usada no crime.
Como ingressou em solo argentino armado ele foi detido por porte irregular. A família de Sarzi Sartori imediatamente ingressou com um pedido de extradição para que ele fosse mandado ao Brasil para responder pelos crimes aqui cometidos. Em fevereiro de 2010, a Suprema Corte argentina, em tempo recorde, decidiu pela extradição, mas condicionou o retorno do assassino a solo brasileiro ao término de vários processos que o rapaz respondia na Argentina.
Pelos três anos seguintes à morte de Rafael, Bernardo ficou preso na Argentina, em razão do processo de extradição. Como não havia condenação, ele foi colocado em liberdade, e passou a morar em Paso de los Libres, enquanto suas pendencias com a Justiça argentina eram processadas. Com a conclusão de tais processos, a extradição pode finalmente ser concluída há quatro meses.
Com a fase de instrução concluída, o Ministério Público terá agora cinco dias para se manifestar. Depois, é a vez do assistente de acusação e finalmente da defesa. A expectativa é de que em aproximadamente dois meses haja uma sentença mandando ou não o réu a júri popular, a chamada sentença de pronúncia.

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