O secretário municipal de Segurança, Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana (Segtram), José Clemente Corrêa poderá ser o próximo presidente estadual da Associação Beneficente Antônio Mendes filho dos Servidores de Nível Médio da Brigada Militar do Rio Grande do Sul (Abamf). É a maior entidade de classe da segurança pública do Rio Grande do Sul, com mais de 12 mil sócios.

A eleição da próxima diretoria acontece no dia 15 de março e Clemente é um dos candidatos ao cargo. A chama encabeçada pelo uruguaianense tem como vice o tenente Jairo, natural de Porto Alegrete, brigadiano recentemente reformado.

Vereador licenciado, Clemente é brigadiano da reserva. Ingressou na Brigada Militar em 1990. Até 1998 esteve na ativa, no policiamento ostensivo. Naquele ano sofreu um grave acidente e passou os quatro anos seguintes ainda na ativa, mas em tratamento médico. A partir de então foi reformado. Desde 2000 Clemente está a frente da Abamf Uruguaiana sendo o presidente regional da entidade.

Ao Jornal CIDADE Clemente explicou que a decisão de concorrer à presidência estadual da entidade foi tomada a partir do pedido de presidentes de outras regionais. "Existe um anseio e pedido dos presidentes de regionais, dos conselheiros, de que eu pudesse contribuir com esse processo de política classista. Há um pedido interno da entidade, de sua maciça maioria. Recebemos apoio da maioria das demais regionais", diz ele. Ele fala também que é uma oportunidade de contribuir com sua categoria. "Podemos contribuir dentro da área da segurança pública, mostrando algumas questões, especialmente da área da Polícia Militar. Podemos através das ações da Associação fazer debates mais profundos com o governo, com o comando-geral. A Associação tem uma inserção também a nível nacional através da Associação Nacional das Policiais e Bombeiros Militares do Brasil. E isso tudo nos motiva a buscar, principalmente em momentos como este em que haverá muitas mudanças e enfrentamentos", diz.

Clemente tem ainda o apoio da atual direção da entidade, mas ressalta que não se trata de uma "chapa de situação". "Tenho várias divergências com a atual direção, na questão de política, de postura. Somos amigos, colegas, mas na direção da entidade temos divergências sérias de postura frente a algumas questões. Ainda assim temos o a poio, inclusive declarado, do atual presidente", finaliza.