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Delegado Valeriano Neto toma posse como regional da PC

Ocorreu na manhã de ontem, 24/5, no Casarão do Parque de Exposições Dr Lauro Dornelles, em Alegrete, a posse do novo delegado regional da 4ª Região de Polícia Civil, Valeriano Garcia Neto. Entre outras autoridades, acompanharam o evento os delegados que atuam em Uruguaiana, Alessandra Xavier de Siqueira, Caroline Bortolotti Huber e Enio Roberto Tassi. 

Valeriano Garcia Neto atua na região desde o ano passado, como delegado de polícia em Alegrete. Ele substituirá a Delegacia Patrícia Sanchotene, que agora atua como coordenadora da Comissão Interna de Prevenção a Acidentes e Violência Escolar (Cipave).

Natural de Porto Alegre, Neto tem 45 anos, é casado e pai de dois filhos. Formado em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), é especializado em Ciências Criminais pela Faculdade Anhanguera (SP), em Operações Especiais Policiais, pela Faculdade IDC, possui formação para mediação de conflito pelo Programa Mediar-RS, da Polícia Civil, e atualmente cursa especialização em gestão de investigação criminal na Academia de Polícia do Rio Grande do Sul (Acadepol), onde também atua como professor da disciplina de Delegacia Experimental.

Neto é delegado de polícia desde 2010 e atuou em Ametista do Sul, Ciríaco, Capão da Canoa, Tramandaí, Cidreira, Imbé, Canoas e Alegrete, e também atuou na Delegacia para o Turista (DPTUR), em Porto Alegre, no atendimento aos turistas durante a Copa do Mundo de 2014.

O delegado conversou com exclusividade com o Jornal CIDADE. Confira.

Como avalia o atual momento da segurança pública no Rio Grande do Sul, e em especial na Fronteira Oeste?

Neto: Acho que estamos fazendo nosso dever de casa, buscando integração com outras instituições para agirmos de forma integrada e inteligente. Alinhados com a manifestação do governo do estado exatamente nesse aspecto de integração.

O que o motivou a vir para a região da Fronteira Oeste, e agora a assumir a Delegacia Regional?

Neto: Vim a convite da delegada regional Patrícia Sanchotene há um ano. Ela me convidou para vir para esta terra distante, onde a polícia precisava de uma representatividade significativa, efetiva da polícia civil. Pssado um ano, posso dizer que conheço a cidade de alegrete, conheço a comunidade, as pessoas, os policiais e as demandas. Agora, assumindo a Regional, não será diferente em relação a Manoel Viana, Uruguaiana e Barra do Quaraí, que também compõem a nossa 4ª Região Policial.

Não meço esforços no sentido de estar presente aos eventos para conhecer e aproximar a Polícia Civil da comunidade num proposito de construção e fortalecimento de uma relação de parceria e confiança.

Quais suas expectativas para o novo desafio?

Neto: A expectativa, são enormes, é um compromisso duplo que tenho, pessoal e com a comunidade que me recebeu tão bem em Alegrete, e nesse momento se estende a Uruguaiana, Barra do Quaraí e Manoel Viana. A expectativa é muito voa. Temos um efetivo de 79 policiais na região, e conto com policiais dignos, trabalhadores, dedicados. E conto com a participação efetiva de todos eles no sentido de encampar comigo esse projeto de aproximar a Polícia Civil da comunidade, construindo e fortalecendo uma relação de confiança.

A Secretaria de Segurança Pública anunciou na última semana que está na fase final das definições acerca da homologação do Programa de Incentivo à Segurança Pública (Piseg), criado na gestão Sartori e piloto no Brasil, e que permite que empresários destinem até 5% de seus impostos diretamente para um fundo voltado à segurança. Como o senhor avalia esta iniciativa?

Neto: Isso é algo que muito nos interessa e vem nessa perspectiva de integração. O empresário destina um recurso para a segurança pública que há muito tempo sabemos que o Estado, de modo geral, tem carências de recursos humanos e materiais. Da mesma forma temos muito presente que essa carência, essa dificuldade não nos faz fugir da nossa responsabilidade de apurar os crimes, identificar e prender os envolvidos, dando uma resposta e uma sensação de segurnaca a comunidade, que muito nos honra. Esses recursos são muito bem-vindos porque se realmente fossemos depender exclusivamente do Estado, a perspectiva não é das melhores.

A região sofre bastante com a deficiência de efetivo, tanto de agentes quanto de delegados. Há alguma perspectiva nesse aspecto?

Neto: A carência de pessoal não é privilégio da nossa região, mas nossa região tem um aspecto muito peculiar, em função da distância da capital. Tenho observado que muitos servidores vêm lotados e aos poucos vão sendo retirados pela administração, ou seja, o efetivo vai sendo esvaziado. Isso gera um reflexo importante: nosso efetivo em Alegrete, por exemplo, 45 % dele reúne condições efetivas de aposentadoria até o final do ano. Se todos resolverem se aposentar, especialmente com essa questão do endurecimento da questão previdenciária, que exigirá mais tempo de atividade e contribuição, teremos sim uma baixa muito importante que vai ter reflexo no nosso atendimento. Hoje temos 4,8 mil policiais, sendo que 800 estão aptos a aposentadoria. É um quadro que preocupa bastante.

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