O município de Uruguaiana teve, no mês de fevereiro, queda no número de ocorrências de furto registradas. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, foram cinco crimes a menos, passando de 75 para 71 registros, o que representa 6,6% de queda.

Os dados fazem parte dos indicadores criminais do município, um monitoramento realizado pela Secretaria de Segurança Pública, mensalmente.

Responsável pela 1ª Delegacia de Polícia (DP), que abarca grande parcela destes crimes em razão da região comercial da cidade, o delegado Matheus Antunes da Rosa acredita que a redução – que deverá se intensificar – tem relação direta com “a prisão preventiva dos furtados contumazes”. “São aqueles indivíduos que passam todos os dias e noites praticando pequenos furtos em residências e estabelecimentos comerciais. Com eles presos preventivamente, a consequência é a redução dos registros”, explica o delegado.

Conforme mostrou o Jornal CIDADE recentemente, a 1ª DP tem atuado com foco em investigações e representações para decretação de prisões preventivas, que efetivamente retiram o criminoso das ruas, reduzindo a criminalidade, além de resultar em uma tramitação mais ágil do processo junto ao Judiciário, em razão do réu estar preso. Entre os meses de janeiro e fevereiro a 1ª DP efetuou sete prisões – seis delas foram preventivas, solicitadas pelo Delegado e deferidas pelo Poder Judiciário em inquéritos que apuraram crimes de estelionato, roubo, latrocínio, furto e homicídio.

Além dos furtos, a SSP monitora outros crimes patrimoniais, como furto de veículos, furto abigeato, roubo, roubo de veículo, estelionato e latrocínio. Alguns destes se mantiveram estáveis no município. É o caso dos crimes de latrocínio e de furto de veículo. Não houve nenhum registro em fevereiro deste ano, assim como também não houve no mesmo período de 2022. Já os roubos em veículos, que totalizavam duas ocorrências no ano passado, aparecem zerados em 2023.

No entanto, os crimes de roubo e de estelionato registraram aumento. Em fevereiro de 2022 houve 21 registros de roubo no município, enquanto neste ano foram 23 – um aumento de 9,5%. Já entre os estelionatos, o aumento foi de 5,4%, passando de 37 para 39 ocorrências.

Para o Delegado, o aumento no número de estelionatos se deve ao fato da “esmagadora maioria desses crimes ser praticado por meio virtual, como golpes pelo WhatsApp, que é um meio ágil, fácil e aparentemente anônimo onde as pessoas são ludibriadas”. Conforme ele, os casos mais comuns são os de bandidos se fazendo passar por alguém conhecido, “como filho pedindo um Pix para a mãe e afirmando que precisou mudar de número”.