Uruguaiana tem três 'cidadãos' procurados pela Interpol
Atualmente a lista de gaúchos procurador pela Organização Internacional de Polícia Criminal, ou simplesmente Interpol, sigla em inglês para International Criminal Police Organization, é formada por 18 nomes. São homens e mulheres que possuem hoje um alerta internacional expedido por autoridades judiciarias de países membros, para fins de extradição - a chamada difusão vermelha (red notice). O objetivo é dar cumprimento aos mandados de prisão expedidos em desfavor de pessoa que se encontre em país diverso daquele onde teve decretada a sua prisão.
Desta lista, três pessoas são naturais de Uruguaiana. Trata-se de Edison Fernando Alves Dzwieleski, de 38 anos; Geomar Machado da Silva, de 31, e Mara Luciana dos Santos Perez, de 41 anos, ao lado de Santana do Livramento, a cidade com maior número de procurados.
Dzwieleski é apontado como membro na região da Fronteira do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa criada em São Paulo, presente em 22 dos 27 estados brasileiros, além de países próximos, como Bolívia, Paraguai e Colômbia e que comanda rebeliões, assaltos, sequestros, assassinatos e o narcotráfico. Em 2013, Edison chegou a ser preso, em Santo Tomé, na Argentina (fronteira com São Borja) em um avião carregado com 340 quilos de pasta base de cocaína. Dois anos antes ele já havia sido preso em Santa Catarina por roubo à residência de um empresário. Em 2011, depois de fugir do Presídio de Quaraí, foi pego por outro roubo em Uruguaiana. Tem pena a cumprir até 2044, com duas condenações por roubo, três por porte ilegal de arma e uma por tentativa de homicídio.
Machado da Silva é investigado por uma série de roubos na região da fronteira com o Uruguai. Ele chegou a ser preso no país vizinho em 2015, mas não chegou a ser extraditado e foi colocado em liberdade.
Já Mara Luciana teve a prisão preventiva decretada pela Justiça Federal, por tráfico internacional de drogas. Ela era um dos alvos da Operação Plano Alto, deflagrada pela Polícia Federal em 2015. Na ação, a PF apreendeu 900 quilos de cocaína que era carregada em caminhões, em Alegrete, e levada para São Paulo.
Até três meses atrás a lista era formada por 20 nomes e os outros dois homens também são naturais de Uruguaiana. Luis Bernardo Serpa Pucheta, que possui dupla nacionalidade, sendo também cidadão argentino e vivia em Paso de los Libres, foi extraditado do país vizinho no final de outubro. Ele é acusado de ter executado o advogado Rafael Sarzi Sartori em novembro de 2009, em seu escritório, e ainda de tentativa de homicídio já que atropelou uma pessoa durante sua fuga. Está preso preventivamente na Penitenciária Modulada Estadual de Uruguaiana (PMEU).
O outro é Luís Talipe Fernandes Ferreira, com extensa ficha criminal. Ele tinha dois mandados de prisão em aberto, um por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e outro por roubo a estabelecimento comercial, expedidos pela Justiça Criminal em Uruguaiana e Quaraí. Ele era procurado desde 2017 e coleciona pelo menos três homicídios. Ele chegou a ser preso no Uruguai, mas foi colocado em liberdade pela Justiça do país vizinho por conta de um detalhe burocrático. Foi preso no último dia 18, pela Polícia Federal.
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