RS aposta na regionalização para acelerar desenvolvimento
Itamar Aguiar/Palácio Piratini imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -
Apresentar as principais demandas e necessidades de cada região do estado foi o objetivo da visita da diretoria do Fórum dos Coredes ao governador Eduardo Leite, na tarde desta quinta-feira (14), no Palácio Piratini. A entidade representa os 28 Conselhos Regionais de Desenvolvimento. O papel da entidade é pensar no crescimento das regiões, identificando as principais reivindicações de cada uma.
De acordo com o secretário de Governança e Gestão Estratégica, Claudio Gastal, as políticas públicas precisam ser para todos, mas respeitando a individualidade de cada região. "Não tem como pensar no desenvolvimento de qualquer estado sem a participação de quem está na base. O governador Eduardo Leite deixou muito claro isso: temos que construir um programa de governo com as pessoas, e não para as pessoas. Isso passa pela mobilização local, que é feita nos municípios através dos Coredes. Ouvir a população é fundamental para errar menos e acertar mais", afirmou.
A presidente do Fórum, Munira Medeiros Awad, entregou dois documentos ao governador. O primeiro foi o livro "Planos Estratégicos de Desenvolvimento dos Coredes para 2015-2030", em que aparecem 90 projetos considerados essenciais em áreas como saúde, segurança pública, educação e infraestrutura. Para executar todos, até 2030, seriam necessários cerca de R$ 32 bilhões. Os Coredes trabalham com recursos públicos (por exemplo, a consulta popular - quando a população vota nas prioridades para a região onde vive, e as emendas parlamentares - verba, prevista em lei, que deputados e senadores repassam para os municípios), com parcerias público-privadas e também com financiamentos via BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul). O outro documento entregue foi o manual "Pró-RS VI - Propostas Estratégicas para o Desenvolvimento Regional do Estado do Rio Grande do Sul para 2019-2022" (período do mandato do governador Eduardo Leite).
Munira agradeceu a abertura ao diálogo por parte do Poder Executivo: "O governo realmente reconhece o nosso papel como um importante canal de discussão com a sociedade. O governo entende que a consulta popular é legítima, temos algumas propostas de mudança, mas o essencial fica - pensar no desenvolvimento das regiões e do Estado como um todo".
Os Coredes existem há 27 anos e são reconhecidos na América Latina por sua atuação. Além da presidente do Fórum, participaram do encontro a primeira secretária do órgão, Cíntia Agostini; o segundo secretário, Leonardo Beroldt; o primeiro tesoureiro, Hugo Chimenes; e o segundo tesoureiro, Heitor Leal. O secretário de Articulação e Apoio aos Municípios, Rodrigo Lorenzoni, também estava presente.
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