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Pesquisa

Anticoncepcional masculino avança em testes

Ilustração/Freepik imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - – Os avanços na pesquisa representam um marco importante na saúde reprodutiva.

Novos métodos contraceptivos masculinos estão em fase avançada de desenvolvimento, oferecendo alternativas além da camisinha e da vasectomia tradicionais. Entre os avanços mais promissores estão um gel hormonal transdérmico e um hidrogel não hormonal, ambos destinados a proporcionar controle contraceptivo masculino de maneira reversível. 

O gel hormonal transdérmico, explicado pelo médico urologista Camilo Milanez, consiste em uma formulação diária aplicada nos ombros, contendo testosterona e progesterona. Este gel suprime a produção de espermatozoides ao inibir a produção de testosterona nos testículos. Apesar disso, ele assegura que quantidades adequadas de testosterona são disponibilizadas para manter funções essenciais como ereção, função muscular, sono, memória e cognição. No entanto, há considerações sobre possíveis efeitos colaterais e os impactos a longo prazo na função testicular. 

Por outro lado, o hidrogel não hormonal atua como um bloqueador no ducto deferente, impedindo a passagem de espermatozoides para o líquido seminal. Essencialmente, oferece uma alternativa à vasectomia, com a vantagem de ser reversível. Segundo o urologista Rômulo Tavares Santos, a reversão seria alcançada mediante a aplicação de um antídoto para dissolver o gel e restaurar a fertilidade. 

Ambos os métodos estão em estágios avançados de pesquisa, com previsão de conclusão dos estudos para 2027. Especialistas como o urologista Fernando Chagas destacam que essas inovações representam uma significativa ampliação das opções contraceptivas masculinas, permitindo aos casais uma maior flexibilidade na escolha do método contraceptivo mais adequado às suas necessidades e condições de saúde. 

Comparativamente, os métodos contraceptivos masculinos atualmente disponíveis incluem apenas a camisinha e a vasectomia. Esta última, uma intervenção cirúrgica que remove uma parte dos ductos que conduzem os espermatozoides dos testículos ao pênis, é irreversível na maioria dos casos. Em contraste, tanto o gel hormonal quanto o hidrogel oferecem a possibilidade de interromper temporariamente a fertilidade masculina sem interferir permanentemente na produção de hormônios masculinos. 

Quanto aos efeitos colaterais potenciais, o uso do gel hormonal pode acarretar desde reações alérgicas locais até alterações no humor e libido. Por outro lado, o hidrogel não hormonal evita essas complicações ao não interferir diretamente nos níveis hormonais naturais do corpo masculino. 

Em conclusão, os avanços na pesquisa de contraceptivos masculinos representam um marco importante na saúde reprodutiva, oferecendo opções mais diversificadas e adaptáveis às preferências individuais e às condições de saúde dos casais. Essas novas tecnologias prometem não apenas expandir as escolhas contraceptivas disponíveis, mas também promover uma maior equidade no compartilhamento da responsabilidade contraceptiva entre homens e mulheres. 


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