Prevenção
Cobertura vacinal contra coqueluche aumentou em Uruguaiana

Divulgação/Pixabay imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Cidade registra aumento na cobertura vacinal após casos preocupantes no estado.
A coqueluche voltou a assustar no Rio Grande do Sul, com aumento no número de casos e a confirmação de uma morte no estado. A infecção, comum nas estações mais quentes como verão e primavera, causa sintomas semelhantes aos de um resfriado, mas pode evoluir rapidamente para crises de tosse intensa, pneumonia, convulsões, danos cerebrais e até óbito. As crianças menores de um ano são as mais afetadas, representando 24% dos casos em 2024. A transmissão ocorre pelo contato com secreções liberadas ao falar, tossir ou espirrar, e uma única pessoa infectada pode transmitir a infecção para até 17 indivíduos suscetíveis. A vacinação continua sendo a principal forma de prevenção.
De acordo com Eduarda Oliveira, coordenadora de Vigilância Epidemiológica em Uruguaiana, entre 2009 e 2024, foram registrados quatro casos confirmados de coqueluche, um em 2009, outro em 2012, outro em 2013 e o último em 2024. Em 2023, houve três notificações de casos suspeitos, todos descartados. Em 2024, foi confirmado um caso laboratorial em dezembro, envolvendo uma criança de 5 anos. Apesar da baixa ocorrência ao longo dos anos, a infecção ainda não foi erradicada na região e continua afetando crianças pequenas.
Até o momento, em 2025, o Rio Grande do Sul registrou 75 casos de coqueluche. Em 2024, o estado contabilizou 430 casos, o maior número desde 2013, quando se registraram 517. Nesse período, também houve um óbito relacionado à infecção, o que não ocorria desde 2017.
Importância da vacinação
O calendário vacinal prevê três doses da vacina pentavalente aos dois, quatro e seis meses de idade, um reforço aos 15 meses e outro aos quatro anos com a tríplice bacteriana. Gestantes devem receber a vacina tríplice bacteriana acelular tipo adulto (dTpa) a cada gestação, a partir da 20ª semana. É fundamental que a população mantenha o calendário vacinal atualizado para prevenir a coqueluche e outras infecções. Em caso de sintomas como tosse persistente, é importante procurar atendimento médico para diagnóstico e tratamento adequados.
Conforme Eduarda, a cobertura vacinal em Uruguaiana evoluiu significativamente entre 2023 e 2024. A vacina pentavalente, administrada em três doses para crianças menores de um ano, passou de 70,01% em 2023 para 94,17% em 2024, com um aumento de 24,16 pontos percentuais. Já a vacina DTP, primeiro reforço para crianças aos 15 meses, teve uma melhoria de 28,2 pontos percentuais, subindo de 56,97% em 2023 para 85,17% em 2024, segundo a Coordenadora de Vigilância Epidemiológica.
Tratamento
O tratamento inclui antibióticos para eliminar a bactéria e reduzir a transmissão. É essencial manter a hidratação e monitorar possíveis complicações, especialmente em crianças pequenas. O aumento recente de casos reforça a importância da vacinação, que está disponível em todas as salas de vacina do Município, e da vigilância aos sintomas, garantindo um diagnóstico e tratamento precoces.
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