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Risco

Colírio não deve ser usado sem orientação

Reprodução - Shutterstock - JC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Oftalmologista explica por que você não deve usar colírio sem orientação

Seja devido à sensação de olho seco ou aos desconfortos comuns do verão, como a exposição ao sol intenso e à água do mar e da piscina, muitas pessoas recorrem à aplicação de colírios nos olhos como primeira opção. No entanto, essa prática pode ser perigosa. Segundo o Ministério da Saúde, a automedicação é a principal causa de internações por intoxicação. 

De acordo com especialistas, muitos brasileiros não consideram o colírio como um medicamento e, por isso, o utilizam sem restrições. Um levantamento realizado nos prontuários de 370 pacientes do Instituto Penido Burnier revelou que 4 em cada 10 chegam aos consultórios utilizando colírio por iniciativa própria. 

O médico oftalmologista Dr. Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier, adverte contra o uso indiscriminado de colírios, afirmando que isso pode mascarar doenças oculares e permitir a progressão silenciosa de problemas nos olhos. Ele destaca que o maior risco está associado ao uso prolongado de colírios contendo corticoide, que podem levar ao desenvolvimento de condições graves como catarata e glaucoma, importantes causas de perda de visão no país. 

O colírio preferido para automedicação, segundo ele, costuma ser o adstringente, que possui efeito vasoconstritor e promove o branqueamento dos olhos. No entanto, muitos pacientes acabam se tornando dependentes desse tipo de colírio, o que, ao longo do tempo, pode causar hipertensão arterial. 

Como prevenir conjuntivite e terçol 

Conforme o médico, entre as motivações mais comuns para usar colírio sem orientação estão quadros de conjuntivite e terçol, que exigem maior hidratação dos olhos. Além disso, vale destacar que o verão aumenta a vermelhidão e desconforto nos olhos causados pelo sol, mar, cloro das piscinas, água contaminada das praias e maior uso de ar-condicionado. A conjuntivite, comenta Leôncio, tem como efeitos colaterais no olho a desestabilização da lágrima e da córnea, lente externa do olho, que se nutre do filme lacrimal. É portanto, um fator de risco para olho seco evaporativo e ceratite, inflamação da córnea. “Isso porque, a conjuntiva produz junto com as glândulas lacrimais a camada de mucina do filme lacrimal que permite a aderência da lágrima à superfície do olho. Por isso, manter a hidratação dos olhos é a primeira recomendação para enfrentar o calor extremo com mais conforto “, esclarece.  

Além disso, o calor também estimula a formação do terçol ou hordéolo que causa dor, vermelhidão e inchaço na pálpebra superior. O terçol, explica o oftalmologista, é a inflamação de duas pequenas glândulas localizadas na base dos cílios provocada pelo acúmulo de oleosidade da pele e proliferação de bactérias que aumentam no calor. Quando a inflamação acontece nas glândulas da pálpebra que produzem a camada oleosa da lágrima forma o calázio, uma bolinha dura na pálpebra, diz o médico. Porém, é possível prevenir ambos os quadros com algumas condutas simples de higiene. “Manter as mãos limpas, os olhos hidratados, evitar excesso de produtos na região dos olhos, não compartilhar colírio, fronha, toalha ou maquiagem são as principais recomendações para evitar a conjuntivite, o calázio e o terçol no verão”, afirma. 


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