Coronavírus
Anvisa derruba retenção de receita para ivermectina e nitazoxanida
A Diretoria Colegiada (Dicol) da Agência Brasileira de Vigilância Sanitária (Anvisa) derrubou ontem, 1/9, a exigência da retenção da receita médica para venda dos medicamentos ivermectina e nitazoxanida em farmácias. A agência justificou que a medida se dá por não haver mais risco de desabastecimento de medicamentos com estes princípios ativos no mercado brasileiro.
No dia 14 de abril, após coletiva do Ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação, Marcos Pontes, de que teste in vitro realizados no laboratório do CNPEM demonstrou que um fármaco possui 94% de eficácia em ensaios com células infectadas pelo novo coronavírus, alguns portais de notícias divulgaram que o medicamento citado era a nitazoxanida, vendida com o nome comercial de Annita. O que fez com que a Anvisa publicasse uma resolução, incluindo a nitazoxanida na lista C1 de medicamentos controlados.
Resultados de estudos in-vitro da ivermectina contra o coronavírus também causaram uma corrida as farmácias para compra dos medicamentos. Algumas cidades chegaram a registrar filas na espera dos caminhões que traziam os medicamentos.
Em 13 de agosto, durante a transmissão de uma live, nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro chegou a afirmar que: "Chegou na minha tela aqui, o presidente da Anvisa, o almirante Barra, acabou de confirmar a informação sobre a hidroxicloroquina e a ivermectina, você já pode comprar com uma receita simples, caso seu médico recomenda, obviamente", disse durante a transmissão.
A decisão da Anvisa vale apenas para a ivermectina e nitazoxanida e a retenção da receita continua obrigatória para cloroquina e hidroxicloroquina.
Os medicamentos
A ivermectina é um antiparasitário de amplo espectro usado sob prescrição no tratamento de pediculose, escabiose, ascaridíase, filariose, estrongiloidíase intestinal e oncocercose.
A nitazoxanida é um anti-helmíntico antiparasitário, de amplo espectro, aprovada pela Anvisa apenas para tratamento de gastroenterites virais provocadas por rotavírus ou norovírus, helmintíases, amebíase, giardíase, criptosporidíase, blastocistose, balantidíase e isosporíase. Também está sendo testada no tratamento da hepatite C.
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