Um estudo recente conduzido pelo Observatório de Saúde na Infância - uma iniciativa conjunta entre o Instituto de Comunicação e Informação Cientifica e Tecnológica (Icict)/Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (Unifase) - trouxe uma preocupante realidade: a cobertura vacinal contra a Covid-19 entre crianças e adolescentes ainda permanece significativamente baixa. 

Os dados revelam que a cobertura vacinal para crianças de três a quatro anos é de apenas 23% para duas doses e meros 7% para o esquema completo de três doses. Já na faixa etária de cinco a 11 anos, embora a cobertura suba para 55,9% com duas doses, apenas 12,8% completaram o esquema com as três doses recomendadas. 

A falta de procura pelo imunizante é alarmante, especialmente porque está diretamente associada à persistência da mortalidade pela Covid-19 nesse grupo. Embora em 2023 o Brasil tenha disponibilizado a vacina contra a Covid-19 para crianças a partir dos seis meses de idade, o estudo ressalta que a doença ainda é responsável por uma média de três mortes nessa faixa etária a cada quatro dias. 

A eficácia do imunizante já foi comprovada, e sua ampla aplicação é fundamental para diminuir os impactos devastadores da pandemia dentro dessa população vulnerável.