A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS) realizará no dia 2 de fevereiro de 2026 a eleição da nova Mesa Diretora, responsável por conduzir os trabalhos do Parlamento ao longo do último ano da 56ª Legislatura gaúcho. Apesar do rito formal de votação em plenário, o resultado já está previamente acordado entre as principais bancadas da Casa, prática recorrente no Legislativo estadual.
Durante o mês de janeiro, os deputados terão prazo para apresentar oficialmente os nomes que irão compor a chapa, ainda que a definição seja fruto de entendimento político consolidado. Pelo arranjo firmado entre os partidos com maior representação, a presidência da Assembleia em 2026 ficará sob o comando do deputado Sérgio Peres (Republicanos).
Natural de Santo Antônio da Patrulha, Peres, de 57 anos, está na fase final de seu terceiro mandato como deputado estadual. Sua trajetória política teve início a partir do envolvimento com ações comunitárias e projetos sociais, experiência que o motivou a ingressar na vida pública com foco na melhoria das condições de vida da população gaúcha.
Entre os destaques de sua atuação parlamentar está à presidência da subcomissão que debateu a situação dos municípios sem acesso asfáltico, em 2016, pauta que se consolidou como uma das principais bandeiras do seu mandato. A efetivação da nova composição da Mesa passa a valer a partir do próximo ano legislativo.
Quem se despede do cargo ao final de 2025 é o deputado Pepe Vargas (PT), natural de Nova Petrópolis, na Serra Gaúcha. Em seu terceiro mandato como deputado estadual, Pepe possui uma longa trajetória política, com passagens como vereador e prefeito de Caxias do Sul, deputado federal e ministro em diferentes pastas durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
Acordo
A definição da presidência segue o acordo pluripartidário de gestão compartilhada, adotado nas últimas legislaturas da AL. O entendimento envolve o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Progressistas (PP), Partido dos Trabalhadores (PT) e Republicanos, legendas que concentram as maiores bancadas do Parlamento.
Na atual legislatura, o PT conta com 11 deputados, o PP com sete, o MDB com seis e o Republicanos com cinco parlamentares. O rodízio garante que cada uma dessas siglas indique, de forma alternada, o presidente da Casa ao longo dos quatro anos.
Antes de Vargas e Peres, a presidência da Assembleia esteve sob a condução de Vilmar Zanchin (MDB), de Marau, reeleito para o segundo mandato e com atuação marcada pelo fortalecimento do municipalismo, da agricultura e pela modernização da gestão pública. Em 2024, o Parlamento foi presidido por Adolfo Brito (PP), natural de Segredo, que exerce o oitavo mandato e acumula experiência como vereador e prefeito de Sobradinho.
O papel da Mesa Diretora
Entre as atribuições do colegiado estão a condução das atividades internas do Parlamento, a definição e organização da pauta de votação em plenário, a supervisão dos serviços administrativos, com fiscalização de despesas e prestação de contas, além da promulgação de decretos legislativos, resoluções e emendas à Constituição Estadual.
Com a definição antecipada da presidência, a expectativa é de continuidade na gestão e estabilidade institucional no encerramento da atual gestão.
