O cenário epidemiológico de arboviroses no município apresentou uma leve alteração nesta última semana do ano. De acordo com o boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde nesta terça-feira, 23/12, foram confirmados três novos casos de dengue, elevando o total de registros positivos para 61 pacientes.
Ao comparar os períodos, observa-se uma mudança no cenário que vinha sendo registrado até a Semana Epidemiológica 51, quando o município apresentava um quadro de estabilidade com 58 diagnósticos positivos. Com a nova atualização da Semana 52, esse número subiu para 61 casos confirmados.
O volume total de notificações também acompanhou esse crescimento, saltando de 434 para 445 registros suspeitos ao longo do ano. Desse montante, as investigações avançaram, resultando em 366 casos formalmente descartados, 12 a mais que no boletim anterior, enquanto o número de pacientes que ainda aguardam resultados laboratoriais apresentou uma queda, passando de 22 para 18 casos em investigação.
Apesar do aumento pontual, os dados clínicos permanecem estáveis. O município registrou apenas uma internação hospitalar durante todo o ano (ocorrida em abril, com alta médica) e, felizmente, não há registro de óbitos em decorrência da doença até o momento.
Combate e prevenção
O trabalho das equipes de Vigilância em Saúde e dos agentes de combate às endemias segue em ritmo intensificado. Diariamente, são realizados mutirões para eliminação de criadouros, visitas domiciliares e ações educativas junto à comunidade.
O objetivo é conter o avanço do Aedes aegypti, mosquito que encontra nos períodos de calor e chuva as condições ideais para se reproduzir. A dengue é uma arbovirose que pode evoluir de forma rápida e, em alguns casos, apresentar gravidade. Especialistas alertam que, embora a maioria dos pacientes se recupere sem complicações, pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, idosos e crianças pequenas estão mais suscetíveis a quadros graves.
É fundamental que a população esteja atenta aos sintomas iniciais, que incluem febre alta (entre 39°C e 40°C), de início súbito, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, prostração e dores articulares.
Apesar de a vacina ter sido incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) e de o município contar com a atuação contínua dos agentes de endemias, o controle da dengue depende diretamente da colaboração da população. A principal estratégia permanece sendo o combate ao vetor dentro das residências, por meio da limpeza de calhas e ralos, vedação adequada de caixas d’água e eliminação de qualquer recipiente que possa acumular água parada.
O tratamento da dengue é baseado, principalmente, na hidratação rigorosa. A orientação das autoridades de saúde é evitar a automedicação e procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima ao surgirem os primeiros sintomas.


