O primeiro módulo da Clínica Escola do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) está em construção. O projeto completo foi orçado em R$ 30 milhões, mas a Universidade conseguiu captar recurso para apenas a primeira parte, que foi viabilizada por uma emenda parlamentar assinada pelo ex-deputado federal Onyx Lorenzoni (PL) em 2023. O espaço para práticas é previsto dentro de projetos pedagógicos e é um item obrigatório nas avaliações do Ministério da Educação (MEC). 

Desde que o curso foi estabelecido no campus da Unipampa Uruguaiana, os alunos são direcionados para realizar suas práticas em diferentes frentes de atendimento espalhadas pela cidade. Essas atividades vão desde visita domiciliar, vinculadas às Unidades Básicas de Saúde (UBS) e suas estratégias de saúde da família até o atendimento hospitalar. Essas experiências são sempre acompanhadas por um técnico e professor vinculado, além da educação esportiva. Essas experiências permitem que os alunos compreendam o ofício da fisioterapia. 

Segundo a diretora do campus da Unipampa em Uruguaiana, Cheila Stopiglia, é intensão da instituição concentrar essas atividades dentro do campus e, também, promover serviços gratuitos e de qualidade para a comunidade uruguaianense. Atualmente, o curso de Fisioterapia já oferece atendimentos durante as aulas práticas. As pessoas são atendidas por alunos, supervisionados pelos técnicos e pelos professores. Essa iniciativa já examina pacientes de diversas áreas da cidade, salienta Cheila. 

O Campus Unipampa Uruguaiana tem a expectativa de tornar-se uma referência de atendimento fisioterapêutico para a região. A conclusão da obra do primeiro módulo está prevista para junho de 2025.  O objetivo da clínica escola é atender as pessoas que não precisam de um hospital, aquela pessoa que consegue ir para clínica e voltar para casa só fazendo atendimento, e de uma forma integrada.  

Inicialmente, a ideia da clínica escola era juntar todas as áreas e fazer com que o paciente tivesse um atendimento integrado. Então, no projeto inicial tem, por partes, saúde da criança, saúde do idoso, saúde da mulher, e aí englobando todos os cursos. O projeto para construir a clínica inteira foi orçado em 30 milhões, montante que, segundo Cheila, é um desafio conseguir aporte financeiro. 

A escolha de priorizar a Fisioterapia veio durante a pandemia, quando a procura por fisioterapia respiratória aumentou consideravelmente. A diretora do Campus também comentou que durante esse período, muitas pessoas procuravam a Universidade   oferecendo lugares para montar uma clínica improvisada, mas os locais não eram adequados, com escadarias que impediram os pacientes de acessarem o local.