Cátia Likzbinski
Geração Beta e a importância da tecnologia: a nova era da transformação digital e inteligência artificial

A sociedade passa por transformações rápidas e profundas, e as novas gerações são o reflexo direto dessas mudanças. Dentre elas, destaca-se a Geração Beta, uma denominação que vem ganhando espaço nos debates sobre comportamento, cultura e sociedade.
Para entender a Geração Beta, é necessário contextualizar o panorama das gerações anteriores, que refletem os períodos históricos e tecnológicos de sua formação. Segundo Mark McCrindle, William Strauss e Neil Howe, as Gerações são:
● Geração Baby Boomer (1946-1964): Nascidos após a Segunda Guerra Mundial, vivenciaram o surgimento da cultura de consumo.
● Geração X (1965-1980): presenciaram o início da globalização, das tecnologias analógicas e da transição para o digital.
● Geração Millennial (1981-1996): Primeira geração a crescer com a internet, valorizando o propósito no trabalho e mudanças sociais.
● Geração Z (1997-2009): Nativos digitais, com smartphones, redes sociais e preocupações com sustentabilidade e inclusão.
● Geração Alpha: é composta por todos que nasceram entre 2010 e 2024.
● Geração Beta (2025-2039): Crianças nascidas integralmente no mundo digital, com maior exposição à inteligência artificial, aprendizado adaptativo e questões globais como mudanças climáticas.
A Geração Beta é formada por crianças nascidas a partir de 2025. O termo "Beta" foi inspirado no vocabulário tecnológico, que designa versões de teste em constante desenvolvimento. Essa geração já nasceu imersa em um mundo totalmente conectado, onde dispositivos digitais e inteligência artificial estão profundamente integrados ao cotidiano.
As pessoas desta geração possuem como principal característica a adaptabilidade. Acostumados a mudanças sociais constantes, os Beta tendem a ser mais flexíveis e receptivos à inovação, mais conscientes socialmente, crescendo em um período em que temas como sustentabilidade, diversidade e responsabilidade global são amplamente discutidos.
A Geração Beta é a primeira a crescer com a presença constante da inteligência artificial (IA) em suas vidas. Desde assistentes virtuais como Alexa e Siri até algoritmos que personalizam conteúdos nas redes sociais e plataformas de aprendizado adaptativo, a IA molda como essas crianças interagem entre si e com as plataformas, aprendem e se desenvolvem.
Essa exposição precoce à IA pode trazer vantagens, como o desenvolvimento de habilidades digitais avançadas e a capacidade de lidar com tecnologias emergentes. Por outro lado, também exige atenção às questões éticas, como o impacto da IA na privacidade, nos padrões de consumo e na formação da identidade dos jovens.
Entender a Geração Beta é essencial para projetar o futuro. Esses jovens serão protagonistas das próximas décadas, influenciando a economia, a política e a cultura. Sua maneira de pensar e consumir desafiará modelos tradicionais, exigindo ações mais criativas e personalizadas na educação, no mercado de trabalho e nas relações sociais.
Além disso, a familiaridade dessa geração com a IA indica que eles irão desempenhar um papel central no desenvolvimento e uso de tecnologias mais avançadas. Assim, preparar essa geração para os desafios éticos e práticos da era digital é uma responsabilidade de toda a sociedade.
Investir em educação considerando as diferenças, inclusão digital e bem-estar será crucial para garantir que a Geração Beta cresça preparada para enfrentar um mundo em constante transformação. Essas crianças, nossos futuros jovens, refletem as mudanças atuais, e serão o motor das inovações que irão moldar o amanhã.
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