Saúde
Lafron e Laminf facilitam o diagnóstico de infecções na Fronteira Oeste

Thaís Vieira/Secom PMU - As ações do Lafron e Laminf são essenciais para colocar a Fronteira Oeste na busca da erradicação de infecções da OMS
O Laboratório de Fronteira de Uruguaiana (Lafron) e o Laboratório de Monitoramento de Infecções (Laminf) são responsáveis por diminuir o tempo e a logística de diagnóstico de infecções na Fronteira Oeste. Por isso, são essenciais para o monitoramento de patologias realizado pela 10º Coordenadoria Regional de Saúde (CRS).
O Lafron Uruguaiana foi criado em dezembro de 2003 e é responsável pela realização dos exames de tuberculose, além do exame confirmatório das Hepatites B e C, com metodologia de Biologia Molecular Rápida, capaz de fornecer o resultado em até 120 minutos. Ele tem vínculo com o Laboratório Central do Estado (Lacen RS) e com a Central Geral de Laboratórios (CGLAB) do Ministério da Saúde.
Já o Laminf foi inaugurado em dezembro de 2017 e conta com estrutura móvel, fornecida pelo Ministério da Saúde. A iniciativa fica com a responsabilidade do monitoramento dos pacientes vivendo com HIV, através da quantificação viral e contagem de células CD4 e CD8 e do diagnóstico de infecções sexualmente transmissíveis (IST), como Clamídia e Gonorreia.
Além disso, o Laminf é uma parceria da Secretaria Municipal de Saúde e da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), e faz parte da rede nacional de laboratórios de carga viral HIV e contagem de linfócitos CD4. Por ter essa atribuição ele também faz o monitoramento de pacientes vivendo com HIV, que são acolhidos pelos Serviços de Atendimento Especializado (SAE) da 10ª CRS.
Segundo Silvia Muller, biomédica do Lafron, o ganho logístico desses diagnósticos é muito importante para recolher dados e iniciar os tratamentos. “O Lafron e o Laminf facilitam o transporte de amostras, aprimorando o fluxo de informações entre os municípios da 10ª CRS, o que transforma os resultados globais do controle destas doenças mais ágeis e específicas”.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) possuem uma iniciativa para a eliminação ou erradicação de 30 doenças e agravos transmissíveis até 2030. Essa meta deve ser buscada de forma integrada e sustentável entre os processos de saúde. Dentre as doenças então o HIV, hepatites virais, tuberculose e dengue.
Por conta disso, na última quarta-feira, 11/6, foi realizada uma reunião com foco no aprimoramento e apresentação dos fluxos dos exames laboratoriais realizados pelos laboratórios Lafron e Laminf. A programação, realizada no Salão Nobre da Prefeitura, teve início pela manhã, com apresentações institucionais e uma abordagem técnica voltada às metodologias de biologia molecular, que vêm revolucionando a precisão e a rapidez nos diagnósticos.
Além de atualizar os profissionais sobre as metodologias, o encontro buscou alinhar os processos entre os municípios atendidos pela 10ª CRS e os laboratórios pactuados, promovendo padronização, integração e um diálogo direto entre as equipes técnicas envolvidas.
A coordenadora municipal de IST, HIV/Aids, Hepatites Virais e Tuberculose, Maria Aparecida Bofil, diz que reuniões de alinhamento com o executivo municipal são essenciais. “Esse momento técnico é uma oportunidade valiosa para afinar rotinas e reforçar nosso compromisso com uma rede de saúde cada vez mais eficiente”, completou.
A atividade foi organizada pela Secretaria de Saúde de Uruguaiana, através da Coordenação Municipal de IST, HIV/Aids, Hepatites Virais e Tuberculose, com o apoio da 10ª Coordenadoria Regional de Saúde e da equipe regional de Vigilância Epidemiológica, e contou com a participação do prefeito Carlos Delgado (PP).
A importância do diagnóstico
Os exames para HIV, Hepatites Virais, Sífilis e Tuberculose são ofertados em larga escala nas unidades de Atenção Primária do município, como as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e as Estratégias de Saúde da Família (ESFs), além do Hospital Santa Casa de Uruguaiana e a Unidade de Pronto Atendimento.
Esse é o primeiro passo para o diagnóstico e posterior tratamento. Por isso, conforme sugerido pelo Ministério da Saúde, pessoas com vida sexualmente ativa devem realizá-los com frequência, de, pelo menos, uma vez ao ano, para os testes de HIV, Hepatites Virais e Sífilis.
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