URUGUAIANA JN PREVISÃO

Rubens Montardo

O legado do Papa Francisco

Creio que é consenso que em Francisco tivemos um papa de extraordinário carisma, simpatia e dedicação para aproximar sua Igreja da população, sem nenhum preconceito, pregando a paz, a tolerância, o amor ao próximo e preconizando mudanças necessárias junto ao seu rebanho. Líder de 1,406 bilhões de católicos, o Papa Francisco soube como ninguém conduzir os destinos do catolicismo em seus 12 anos de Pontificado. O cidadão portenho Jorge Mario Bergoglio, nasceu em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, foi criado e viveu no bairro de Flores, sendo eleito o 266.º Papa da Igreja Católica, Bispo de Roma e Soberano da Cidade do Vaticano de 13 de março de 2013 até a data da sua morte, na última segunda-feira, dia 21 de abril de 2025, na cidade do Vaticano.Jorge Mario Bergoglio nasceu numa família de imigrantes italianos.

O seu pai, Mario Giuseppe Bergoglio, nascido na cidade de Turim (Piemonte) em 2 de abril de 1908 e falecido em 24 de setembro de 1961, era um trabalhador ferroviário. Sua mãe, Regina Maria Sivori, nascida em Buenos Aires, de pais de origem piemontesa e lígure, em 28 de novembro de 1911 e falecida em 8 de janeiro de 1981, era dona de casa. Casaram-se na capital argentina no dia 12 de dezembro de 1935. Jorge Mario era o mais velho de cinco filhos, tendo como irmãos: Oscar Adrián Bergoglio (1938–1997), Marta Regina Bergoglio (1940–2007), Alberto Horacio Bergoglio (1942–2010) e Maria Elena Bergoglio, nascida em 1948, sua única irmã viva. Foi o primeiro Bispo de Roma a ser membro da Companhia de Jesus (Jesuítas), o primeiro nascido nas Américas e no Hemisfério Sul, bem como o primeiro pontífice não nascido na Europa em mais de 1 200 anos (o último havia sido o sírio Gregório III, morto em 741) e o primeiro papa a utilizar o nome de Francisco.

Tornou-se arcebispo de Buenos Aires em 28 de fevereiro de 1998 e foi elevado ao cardinalato em 21 de fevereiro de 2001 — véspera da festa da Cátedra de São Pedro — com o título de Cardeal-presbítero de São Roberto Belarmino, por São João Paulo II. Foi eleito papa em 13 de março de 2013. Ao longo de sua vida pública, Papa Francisco destacou-se por sua humildade, preocupação com os pobres e compromisso com o diálogo inter-religioso. Francisco teve uma abordagem menos formal ao papado do que seus antecessores, tendo escolhido residir na casa de hóspedes Domus Sanctae Marthae, em vez de nos aposentos papais do Palácio Apostólico usados por papas anteriores.

Ele sustentava que a Igreja deveria ser mais aberta e acolhedora. Ele não apoiava o capitalismo definido "selvagem", o marxismo ou as versões marxistas da teologia da libertação. Francisco manteve as visões tradicionais da Igreja em relação ao aborto, casamento, ordenação de mulheres e celibato clerical. Opunha-se ao consumismo e apoiava a ação sobre as mudanças climáticas, um dos focos de seu papado. Na diplomacia internacional, ajudou a restaurar temporariamente as relações diplomáticas completas entre os Estados Unidos e Cuba e apoiou a causa dos refugiados durante as crises migratórias da Europa e da América Central. Desde 2018, é um oponente vocal do neo-nacionalismo. Seu papado deu ênfase ao combate de abusos sexuais por membros do clero católico, tornando obrigatórias as denúncias e responsabilizando quem as omite.

Ao ser eleito, o novo pontífice escolheu o nome de Francisco. Segundo o próprio, uma referência a Francisco de Assis fazendo referência à "sua simplicidade e dedicação aos pobres" e motivado pela frase dita por Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, logo após sua eleição, ainda na Capela Sistina: "Não esqueça dos pobres". Francisco de Assis (1182 — 1226), padroeiro da Itália, foi o fundador da família franciscana. Sem dúvida, o Papa Francisco deixa uma grande contribuição ao humanismo. Que em paz descanse!

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