Neste momento, a alíquota sobre a carne é de 10,8% e do café é de 9%. A mudança foi anunciada após uma reunião entre o presidente Lula e seus ministros e o debate das medidas com representantes de entidades do setor de alimentos. 

O aumento do preço dos alimentos é apontado como um dos principais motivadores para a baixa popularidade do presidente que, segundo o Datafolha de fevereiro, atingiu o pior nível de aprovação da sua história. Durante o comunicado, Alckmin argumentou que a alta dos alimentos durante 2024 se deu pelo período de estiagem excepcional e pelo dólar. 

“Comida barata na mesa do trabalhador” 

Durante a primeira reunião ministerial do ano, Lula cobrou seus ministros sobre medidas que reduzissem o preço do setor alimentício. Nesta ocasião, o presidente se queixou da alta da comida e afirmou que, a partir daquele momento, o lema de seu governo seria "união, reconstrução e comida barata na mesa do trabalhador". 

O Governo Federal chegou a avaliar zerar o imposto sobre a importação do trigo, como forma de baratear a entrada do insumo e controlar a alta no preço dos alimentos. Ao retirar o imposto de 9% pago para trazer o cereal para o país, a expectativa é que houvesse uma queda nos preços para o consumidor. 

O efeito prático de zerar a alíquota de importação do trigo poderia não ter grande relevância sobre a inflação dos alimentos, mas seria ao menos um sinal político de que alguma coisa está sendo feita, avaliavam interlocutores do governo.