Acolhimento
Programa “Família Acolhedora” é destaque na Tribuna Livre
Reprodução/Ascom CMU - O serviço está ativo em Uruguaiana desde 2022
A Tribuna Livre da sessão ordinária da Câmara desta quinta-feira, 29/5, contou com a participação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Sedes) para apresentação e divulgação do programa “Família Acolhedora”. O programa é um serviço de acolhimento temporário de crianças e adolescentes afastados do convívio familiar de origem por medida de proteção judicial, devido a situações de negligência, abandono ou violência.
A proposição foi feita pela vereadora Márcia Fumagalli (Republicanos), quem conduziu a apresentação foi a Secretária Municipal da Sedes, Joana Grecco, a assistente social Tailis Dias e a psicóloga Mariana Colazo destacaram a importância do programa para a garantia dos direitos de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.
Segundo Joana, o programa acolhe com carinho e atenção crianças que, em um abrigo, muitas vezes precisam dividir os cuidados com outras 15 ou 20. “Na família acolhedora, elas recebem um olhar individualizado, afeto e cuidado, fundamentais para o seu desenvolvimento”, destacou Joana.
A psicóloga Mariana Colazzo reforçou que o serviço é previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e se diferencia do acolhimento institucional pelo ambiente familiar e mais humanizado. “As famílias acolhedoras oferecem às crianças experiências que muitas vezes nunca tiveram, como se sentar à mesa para uma refeição em família, ir à praça, à igreja, participar de eventos sociais. Isso impacta diretamente no desenvolvimento emocional e social dessas crianças”, explicou.
Segundo a equipe, o serviço está ativo em Uruguaiana desde 2022, mas ainda enfrenta o desafio da ampliação. Atualmente, há poucas famílias cadastradas e não há nenhuma disponível para acolher adolescentes. “Precisamos de mais famílias preparadas para essa missão. Nem todos poderão ser acolhedores, mas todos podem ser multiplicadores dessa causa”, destacou Mariana.
As técnicas também esclareceram que o serviço não é caminho para adoção e que as famílias acolhedoras devem ter sua maternidade ou paternidade bem resolvidas. “Elas são pontes para uma nova vida, não o destino. E o vínculo não se rompe com o fim do acolhimento — muitas continuam como madrinhas ou tios afetivos”, completou Tailis.
Ao final, a equipe convidou os vereadores e a comunidade a divulgarem o programa, reforçando que qualquer tipo de família pode se candidatar, destacando heterossexuais ou homossexuais e pessoas solteiras, desde que aprovadas em avaliação técnica.
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