Logo cedo, a fila era grande no Calçadão de Uruguaiana para pagamento de contas em duas lojas. Tapetes com água sanitária na entrada de estabelecimentos, mas nem todos, assim como álcool gel, uso de máscaras por porte de funcionários e clientes montaram o novo cenário do retorno do comércio.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Uruguaiana (Sindilojas), Read Barakat, falou sobre o primeiro dia de reabertura das lojas. "A nossa avaliação é com bastante entusiasmo e otimismo. Recém abrimos, mas já estamos vendo que o pessoal está com gana de sair para a rua e consumir. Com a mudança de clima, as pessoas estão precisando de produtos, roupas e calçados novos, e então estamos na expectativa que se tenha uma aquecida. Foram muitos dias parado, estamos também com aquela preocupação de fazer o trabalho em cima do cliente, que ele nos entenda, sobre o uso da máscara, do álcool gel, o comércio está se preparando para isso", analisa. "Não é só um retorno para atender o cliente, mas também para a segurança, para a gente poder manter nossas lojas abertas. Também é interessante para nós do comércio, nós do Sindilojas, orientar bem, que todos tenham essa consciência, tanto empresários, colaboradores e clientes, que precisamos do consumo, mas também precisamos ter uma consciência com os cuidados da saúde", ressalta.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Uruguaiana (CDL), João Batista Saldanha, falou que a queda no movimento de vendas é na ordem de 90%. "As pessoas só estão saindo para ir nos bancos e farmácias e como não tem a cobrança do estacionamento rotativo todos resolveram vir de carro, isso dá uma falsa impressão que tudo voltou ao normal. Não será fácil a retomada, será longa e com muita dificuldade porque estamos no início do inverno. Faço um apelo para que os habitantes de Uruguaiana comprem na cidade. Precisamos do apoio de toda população", frisa.