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SAÚDE

Uruguaiana confirma participação em pesquisa sobre Alzheimer

Camila Dalla Vecchia/JC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Os voluntários da pesquisa serão de 10 cidades gaúchas

Nesta semana, a Secretaria Municipal de Saúde assinou participação no projeto, que será desenvolvido em conjunto com a Unipampa 

No mês de julho, a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, recebeu os pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Eduardo Zimmer, do Departamento de Farmacologia, e Diogo de Souza, do Departamento de Bioquímica, quando foi apresentada a proposta de uma pesquisa inovadora sobre o diagnóstico precoce do Alzheimer. O projeto é intitulado “Iniciativa Brasileira de Biomarcardores para Doenças Neurodegenerativas”. 

O estudo deverá ser desenvolvido com apoio da Secretaria Estadual da Saúde (SES), tornando o Rio Grande do Sul pioneiro neste segmento no Brasil. O trabalho consiste no desenvolvimento de um exame de sangue para conseguir identificar pessoas com risco de desenvolver doenças neurodegenerativas como o Alzheimer. 

“Já é consenso da literatura médica e científica que essas doenças começam 20 a 30 anos antes dos sintomas. Então, se a gente consegue identificar a presença da patologia no cérebro, com exame de sangue antes dos sintomas, teremos uma grande janela por onde a gente pode tentar impedir que esses indivíduos desenvolvam os sintomas”, explicou Eduardo Zimmer. Segundo ele, a partir de 2020, essa ideia começou a se intensificar no mundo inteiro. “A gente tem participado dessa revolução e, agora, vamos começar um estudo no estado, para identificarmos de maneira precoce os indivíduos que vão desenvolver essa doença”, completou. 

Além dessa identificação individual, os pesquisadores também poderão obter dados sobre a quantidade de pessoas assintomáticas, mas já positivas para os marcadores que identificam que o cérebro pode estar comprometido. 

Nesta semana, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Uruguaiana assinou a participação no projeto, que será desenvolvido em conjunto com a Universidade Federal do Pampa (Unipampa). O professor Varderlei Folmer, será o responsável pelo desenvolvimento do estudo no município, com a participação dos pós-doutorandos do grupo de pesquisa da Unipampa. 

De acordo com Fernanda Fettermann, pós-doutoranda da Unipampa, a SMS selecionará algumas Estratégias de Saúde da Família (ESFs), onde alguns pacientes, que atendem os critérios da pesquisa, serão selecionados para participar durante três anos. "Realizaremos coletas de sangue, no dia normal de exames daquela pessoa, o responsável vai recolher essas amostras e deixará guardada na Secretaria de Saúde. A partir disso, um pós-doutorando do grupo de pesquisa, vai acompanhar todo o processo, além disso, serão realizados testes cognitivos, focados na memória. Após isso, o aluno responsável levará os testes até Porto Alegre, onde será realizada a análise", explicou Fernanda Fettermann. 

O projeto 

Coordenado pelo Instituto de Ciências Básicas da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (ICBS), em parceria com o Instituto do Cérebro da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), o projeto Iniciativa Brasileira de Biomarcardores para Doenças Neurodegenerativas busca prevenir e atenuar a progressão da doença de Alzheimer antes do aparecimento de sintomas, identificando fatores de risco. O aparelho, chamado de Elisa Ultrassensível (Simoa® HD-X Analyzer da empresa Quanterix), possibilitará determinar biomarcadores positivos da doença em indivíduos neurologicamente saudáveis. 

A primeira fase do estudo consiste na coleta de sangue de 3 mil voluntários e será a base para o acompanhamento da pesquisa. Os voluntários são oriundos de 10 cidades gaúchas: Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Osório, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Maria, Santo Ângelo, Uruguaiana e Veranópolis. 

A médio prazo, o objetivo é utilizar os dados científicos para implementar um plano nacional de diagnóstico precoce da doença de Alzheimer no Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, o projeto também tem o intuito de reduzir o custo do diagnóstico precoce e o subdiagnóstico de demências na atenção primária, contribuindo com a qualidade de vida de indivíduos idosos.


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