Em Uruguaiana
Mais de três mil crianças ainda não receberam vacina contra a pólio
Jairo Souza/JC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -
Faltando dez dias do encerramento da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, cerca de três mil crianças ainda não receberam a imunização em Uruguaiana. De acordo com a secretária Municipal de Saúde, Lilian Stumm, a campanha atingiu cobertura de 50,66% no início desta terça-feira, 10/11. Em Uruguaiana, 7.200 crianças menores de cinco anos devem receber as doses. Logo, faltam 3.552 para serem imunizadas.
A Campanha de Vacinação contra a Poliomielite foi prorrogada até o dia 21 de novembro, e mesmo as crianças entre um e cinco anos com o esquema vacinal contra a doença em dia devem receber uma dose extra do imunizante. As menores de um ano devem receber três doses injetáveis aos dois, quatro e seis meses, conforme o Calendário Nacional de Vacinação.
Paralelamente, ocorre a Campanha de Multivacinação, que, por sua vez, busca atualizar a situação vacinal da população até 15 anos de idade. O objetivo é, além de aumentar as coberturas vacinais, diminuir ou controlar a incidência de doenças imunopreveníveis, como sarampo, rubéola, tuberculose, hepatite, tétano, difteria e outras.
Pais e responsáveis devem levar seus filhos até o dia 21 de novembro aos postos de saúde ou clínicas de vacinas para colocar a caderneta de vacinação em dia, ou receber uma dose extra da imunização contra a paralisia infantil. A Campanha Nacional se encerrou em 30 de outubro, mas o governo do Estado prorrogou o prazo em âmbito estadual com intuito de atingir a meta.
Descaso e desinformação
Pesquisa realizada pela Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS) em 2019 mostrou que as principais causas das baixas coberturas vacinais no Estado se devem ao descaso e à desinformação. No levantamento, 59% das pessoas apontaram motivos pessoais para a não vacinação dos filhos, como esquecimento, medo de efeitos colaterais e falta de tempo. Mesmo que, por algum motivo, não tenham vacinado as crianças, mais de 96% disseram acreditar na imunização. Apenas 4% responderam não acreditar na eficácia das doses.
Foi constatado, ainda, que os jovens deixam de vacinar seus filhos com mais frequência por não terem convivido com certas doenças comuns em outras épocas e que desapareceram por algum tempo, mas que hoje retornam com força, como o sarampo.
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