Luto
Morre a escritora uruguaianense Gelsa Verdum aos 87 anos
Faleceu na quarta-feira, 25/11, a escritora uruguaianense Gelsa Soares Verdum, aos 87 anos, vítima de infarto. Ela deixa um legado na produção literária dedicada às crianças. Em 2019 celebrou os 20 anos de lançamento da primeira obra de literatura infantil com uma cerimônia no Clube Comercial, em Uruguaiana. A escritora já foi patrona da Feira do Livro e sua última obra foi lançada no evento do ano passado.
Natural de Uruguaiana, iniciou os estudos nos educandários Romaguera Corrêa e Nossa Senhora do Horto. Cursou Licenciatura em Ciências Sociais na PUC - Porto Alegre. Fez Especialização em Pedagogia e Orientação Educacional na PUC de Uruguaiana. Além disso, foi alfabetizadora durante vários anos.
Gelsa foi responsável pela implantação dos Serviços de Orientação Educacional nas escolas Elisa Ferrari Valls, Romaguera Corrêa, CNEC e Colégio Metodista União e professora de Sociologia Geral e Sociologia da Educação da Faculdade de Filosofia de Uruguaiana.
Desde cedo esteve sempre ligada às atividades artísticas e culturais da cidade, colaborando nos jornais com crônicas e poesias. Integrou o grupo responsável por reativar a Academia Uruguaianense de Letras em 2006, cuja fundação é de 1957.
Gelsa deixa os filhos Gilberto, Guilherme e Humberto, noras e netos. As últimas homenagens aconteceram na Biblioteca Pública Municipal. O prefeito Ronnie Mello decretou luto oficial de três dias no município.
Atrito familiar
Nesta semana um dos filhos de Gelsa, o médico Gilberto Verdum, divulgou Nota nas redes sociais informando o estado de saúde da mãe, que estava internada no Hospital Santa Casa de Uruguaiana (HSCU) até quarta-feira, 25/11.
Segundo a Nota, ela tinha doenças crônicas em evolução com uma caquexia cardíaca e, consequentemente, instabilidade emocional. Verdum afirmou que a mãe não estava em consciência plena e pediu, inclusive, curatela judicial para defender seus direitos.
Na quarta-feira, 25/11, o filho Humberto tirou Gelsa do Hospital. De acordo com testemunhas, o filho Gilberto tentou impedir que ela deixasse o hospital e os irmãos discutiram na frente da casa de saúde. Gilberto solicitou que outros especialistas avaliassem o quadro da mãe e o irmão Humberto não permitiu.
Em Nota divulgada nas redes sociais, Humberto comunicou o falecimento da mãe que, segundo ele, ocorreu quando estavam se deslocando de ambulância, por vontade própria de Gelsa e a convite do filho Guilherme, a Frederico Westphalen, a fim de ir morar com ele. Já Gilberto, disse que a mãe morreu em um "carrinho de passeio", "não era uma ambulância adequada às condições de saúde da mãe, com médico, enfermeiro e equipamentos cardioversores, e medicação de parada cardíaca, o que justamente ocorreu", justificou Verdum.
Humberto disse que o irmão internou a mãe em um asilo no dia 16 de novembro, sem o consentimento dos demais filhos e até mesmo de Gelsa, e defendeu que ela poderia escolher onde ficar, diferentemente do que Gilberto defende.
Ainda, segundo Humberto, ao chegar no hospital para ver o estado da mãe, seu [dela] médico orientou que ela recebesse alta imediatamente. O Jornal CIDADE procurou o médico, mas este não respondeu os questionamentos até o fechamento da edição.
Sobre a acusação de asilo, Gilberto defende que hospedeu a mãe no melhor residencial para idosos de Uruguaiana, o Flor de Lótus. Além disso, ele esclareceu que tudo está em processo judicial para estabelecer a verdade dos fatos.
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