Neste domingo, 10 de maio, é celebrado o Dia das Mães. A data que todos os anos movimenta o comércio, em 2020 se reinventa, devido à crise econômica que atinge os brasileiros em tempos de pandemia.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que a crise vai acarretar uma queda histórica do volume de vendas no varejo, no Dia das Mães de 2020. Em comparação com o ano passado, a entidade projeta um encolhimento de 59,2% no faturamento real do setor na data, considerada a segunda mais importante no calendário varejista brasileiro. Os dados constam em reportagem da Agência Brasil.

Em Uruguaiana, não será diferente. Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Uruguaiana (Sindilojas), Read Barakat, as vendas estão sendo tímidas, como era previsto. "Claro que nesse ano vamos ter uma diferença muito grande. As vendas para o dia das mães estão sendo tímidas, devido ao que está acontecendo. As pessoas estão temerosas. Quem tem dinheiro está guardando, quem está recebendo um pouquinho está tentando sobreviver com esse pouco, mas a gente tem uma expectativa, como sempre, de umas vendas satisfatórias", ressalta.

Barakat lembrou que as lojas ficaram metade de um mês fechadas - reabriram em 16 de abril - e o desafio agora é tentar recuperar, nem que seja uma parte das vendas. "Estamos batalhando. É um momento de renovação, de reinventar e de sobrevivência", pontua.

Sobre que tipo de produto o consumidor está apostando como presente para as mães, o presidente do Sindicato disse não que acredita que tenha um produto de setor especifico, como roupas e calçados, por exemplo, mas aquele que tenha um preço baixo. "Estou vendo que as pessoas estão atrás de coisas com preços mais acessíveis, mas o presentinho da mãe ninguém vai deixar de lado, mãe é sempre especial", ressalta.

O comércio também realizando uma campanha pedindo para que a população valorize o comércio local. "Somos responsáveis por 53% do PIB de Uruguaiana e aproximadamente seis mil empregos", finaliza Barakat.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Uruguaiana (CDL), João Batista Saldanha disse que percebeu uma reação do comércio, porém, ainda está muito a baixo do esperado. Sobre a diminuição nas vendas devido à crise, Saldanha disse que a redução ultrapassa a casa dos 80%. Questionado sobre o que o público tem apostado para dar de presente às mães, o presidente da CDL disse que os tradicionais sempre ganham relevância nesta data. "Vestuário, calçados e eletrônicos e eletros tem sido os mais lembrados pelo consumidor uruguaianense", lista.

"Neste momento o importante é que nossa comunidade abrace o comércio local, que valorize o lojista que é daqui. Realize as compras em nosso comércio", conclui Saldanha.