Inédito
Funcionários da Santa Casa protestam contra o Sindisaúde
Jairo Souza/JC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -
Uruguaiana viu uma experiência inédita na tarde desta quinta-feira, 3/12. Um grupo de funcionários do Hospital Santa Casa de Uruguaiana (HSCU), sindicalizados do Sindisaúde, realizou uma manifestação contra o sindicato frente à sua sede, na Avenida Presidente Vargas. Eles se queixavam da posição do Sindicato durante audiência de conciliação com a Santa Casa na semana passada e exigiam explicações da diretoria da entidade.
Na semana passada o CIDADE noticiou a rejeição por parte do Sindisaúde de um acordo proposto pelo HSCU, que tinha por objetivo pagar o saldo de salários atrasados dos funcionários, deixados pela administração anterior da instituição. A proposta foi apresentada em audiência de conciliação em processo movido pelo Sindisaúde depois que o HSCU deu início ao pagamento dos atrasados, em setembro, e incluía o pagamento dentro de 20 dias de todo o saldo devido acrescido de 3,5% a título de correção. No entanto, a entidade exigia o pagamento de R$ 100 mil a título de honorários de sucumbência e não aceitou o acordo.
Os funcionários, por sua vez, se posicionaram a favor da administração do hospital e alegam que sequer foram consultados sobre o ingresso da ação. "Nos sentimos traídos pelo Sindicato, que devia lutar por nós", diz o maqueiro João Alcino dos Santos, que tem 26 anos de trabalho na Santa Casa.
Santos é um dos membros da comissão formada por quatro funcionários, que foi recebida pelo presidente, Renato Corrêa, e pelo vice-presidente, Rogério de Moraes, na tarde de ontem. "Questionamos o porquê de eles não terem aceitado o acordo e eles nos disseram que não era viável. Eles falaram muitas coisas que nem vale a pena repetir. É lamentável que tenhamos chegado ao final do ano com essa situação. Agora que o hospital está se reerguendo, que estamos recebendo nossos salários em dia. Nós acreditamos na dona Thaís [Aramburu, gestora administrativa do HSCU]. Ela tem trabalhado por nós, nos respeita e cumpriu com tudo o que nos prometeu", explica ele.
O grupo solicitou ao Sindicato a retirada do processo contra o HSCU e, diante da resposta de que tal ato não seria possível, pediu que houvesse uma assembleia para que a categoria votasse acerca do tema. "Eles disseram que não podem fazer assembleia por causa da pandemia. A gente disse que pode ser uma assembleia virtual. Pedimos que lancem o edital o mais breve possivel para que a gente possa ser ouvido", conta João Alcino.
"Infelizmente não saio dessa reuniu confiante, mas vamos aguardar os próximos dias", finaliza ele.
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