Desde o início da pandemia pelo novo coronavírus, o Poder Executivo vem realizando ações para aperfeiçoar o atendimento à população de rua. O Serviço de Abordagem Social e Acolhimento de Adultos e Famílias é uma das frentes que vem recebendo atenção especial neste momento. 

Recentemente foram contratados nove cuidadores, especificamente para atender emergências, e 16 técnicos (assistentes sociais, psicólogos e pedagogos) foram realocados de outras unidades para compor uma equipe de Abordagem Social. Esse grupo fica incumbido de realizar o atendimento, orientação e acompanhamento dos usuários em situação de rua. O principal objetivo da Abordagem Social é assegurar o direito destas pessoas a receberem atendimento, por intervenção de buscas ativas para identificar casos de vulnerabilidade social ou qualquer outra situação de violação de direitos, o que, segundo o psicólogo e coordenador do Serviço, João Carneiro, tem acontecido com maior veemência durante o período pandêmico.

Tendo em vista o alto grau de exposição à Covid-19, além da vulnerabilidade, risco social e pessoal da população inserida nesta situação, as equipes de Abordagem Social se tornam imprescindíveis para a proteção e facilitação do acesso dessas pessoas ao acolhimento. A efetivação do serviço pode ser feita por encaminhamento do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), do Serviço em Abordagem Social, e demais serviços e políticas públicas, além de demanda espontânea.

O Serviço de Abordagem Social e Acolhimento de Adultos e Famílias é um atendimento voltado para pessoas em situação de rua e desabrigo por abandono, migração e ausência de residência, ou pessoas em trânsito e sem condições de autossustento; ofertando atendimento coletivo em regime integral (24 horas) e assegurando a proteção deles. Além de dar guarida ao usuário, tem por objetivo promover ações que contribuam para a prevenção do agravamento das situações de violência e ruptura de vínculos que façam parte de suas vivências, buscando prioritariamente, restabelecer os vínculos familiares e sociais, viabilizando a saída da situação de rua.

Atualmente o Serviço conta com uma equipe de 40 funcionários entre coordenadores, equipe técnica, cuidadores e motoristas. Está vinculado a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Habitação (Sedesh), mas recebe respaldo de outras secretarias em diversas ações.

Dia Nacional

No dia 19 de agosto, vive-se o aniversário de uma tragédia que, dentre várias, tem a população em situação de rua do Brasil como vítima: o massacre da Praça da Sé, em São Paulo, acontecido em 2004. Durante o decorrer destes anos, a data tornou-se um símbolo de luta para a população de rua e todos aqueles que batalham em prol de seus direitos. É o Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua.