Projeto de Lei 'inconstitucional' é apresentado pela terceira vez
Me dá um dinheiro aí
Carnaval quer R$ 1,5 mi do Orçamento
Jairo Souza/JC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -
Em reunião realizada na manhã desta terça-feira, 19/1, entre a Associação das Escolas de Samba do 1º Grupo de Uruguaiana (Asesgru) e a presidência do Legislativo, os carnavalescos reiteraram ofício enviado a casa ainda em 2020, que propõe emenda ao Orçamento do Município no valor de um milhão e quinhentos mil reais. O documento sugere que o valor seja vinculado à Secretaria de Esporte e Lazer para ser repassado as oito escolas de samba de Uruguaiana, por meio da Asesgru. O ofício foi entregue ao Legislativo em julho de 2020, mas arquivo pelo presidente da época, Irani Fernandes.
Entre as justificativas para tanto dinheiro às Escolas de Samba está a suposta contribuição da festa popular para a economia do município, com a geração de empregos e renda para os setores hoteleiro e comércio.
A Asesgru clama pelo reconhecimento das dificuldades enfrentadas para colocar uma escola de samba na avenida, que dá a Uruguaiana o título do "Terceiro Carnaval do Brasil" sem receber um real da administração pública. A Asesgru ainda quer que as escolas sejam declaradas de utilidade pública e ainda a doação de um terreno para construção dos barracões.
O presidente da Câmara de Vereadores, Carlos Delgado, negou que a reunião tenha sido para pedir dinheiro, mas sim um auxílio. "Teve a reunião com os presidentes, porém não se tratou de valores e sim de ajuda como um geral. Ficou acertado que junto ao Executivo precisamos ter uma comissão para tratar especificamente do assunto Carnaval, pois estamos correndo o risco de não termos nem em 2022", explicou.
Procurado pelo CIDADE, o presidente da Asesgru, Jorge Quirino, que assina o ofício, disse não ter participado da reunião, contudo a reportagem do CIDADE confirmou que ele estava presente sim, mas desconhece os motivos pelos quais o líder carnavalesco refuta suas ações.
Carnaval 2020
A Asesgru e as Escolas de Samba, com anuência do prefeito Ronnie Mello, entregaram a organização do carnaval a empresa pelotense Bah Entretenimento, que já havia fracassado na organização do carnaval do ano de 2018. Tal empresa, sem garantir segurança ao público, mas com a complacência do prefeito, ainda conseguiu promover duas noites do evento. A avenida acabou interditada pelo Corpo de Bombeiros no terceiro dia.
O Ministério Público ajuizou ação contra os organizadores e a Asesgru por crime contra as relações de consumo, pedindo indenização de R$ 20 milhões, e apreendendo a estrutura para garantir o ressarcimento ao público lesado.
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