Quem tem circulado no Centro de Uruguaiana nos últimos dias tem observado o grande movimento dos consumidores garantindo as compras de Natal. E, como sempre, a maior circulação de pessoas é esperada para a véspera da data.  

Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Uruguaiana (Sindilojas), Read Barakat, os comerciantes têm uma boa expectativa de vendas apesar da pandemia. "A gente já imaginava uma queda no movimento em dezembro, em relação ao mesmo mês de 2019. Mas em relação a esse ano, com a situação da pandemia, temos que dar graças a Deus ao pique que está dando. É uma expectativa muito boa em relação a pandemia", avalia. "As pessoas estão procurando uma maneira até de levantar a autoestima, de fazer uma troca no seu guarda-roupa, utensílios domésticos, bazar, calçados, confecções, perfumaria", acrescenta.

O presidente ainda falou que o comércio está fazendo a sua parte e seguindo todos os protocolos sanitários. "A gente torce para que as pessoas tenham consciência e comemorem esse Natal e Ano Novo com a família, com todos cuidados possíveis, com pouca gente, porque nós precisamos cuidar do distanciamento e fazer a nossa parte. O comércio está fazendo a parte dele, seguindo todos os protocolos, com uso de máscara, álcool em gel, uso do tapete (sanitizante)", ressalta.

Mesmo com a Bandeira Vermelha, o comércio está autorizado a funcionar das 7h às 20h.

A nível nacional

O Natal é a principal data comemorativa do varejo brasileiro, devendo movimentar R$ 38,1 bilhões neste ano. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou de 2,2% para 3,4% a expectativa de crescimento do volume de vendas no Natal de 2020 em todo o Brasil.

"O ano de 2020 tem sido um dos mais difíceis, senão o mais desafiante, para o varejo brasileiro. A pandemia provocou dificuldades muito grandes para o comércio, mas o Natal, a despeito de toda a conjuntura adversa, deve trazer alguma recuperação para o setor, o que será importante para iniciarmos com algum otimismo um novo ano que promete também apresentar um cenário difícil, de lenta recuperação", analisa o presidente da CNC, José Roberto Tadros.