Concessão
Ruben Berta agora é do grupo CCR
O Aeroporto Ruben Berta agora pertencerá à Companhia de Participações em Concessões (CPC), do grupo CCR. O leilão da 6ª rodada de concessão aeroportuária realizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ocorreu na manhã desta quarta-feira, 7/4. Ofertando um pouco mais de R$ 2,1 bilhões, a empresa venceu o Bloco Sul, que além do aeroporto de Uruguaiana é formado pelos aeroportos de Bagé e Pelotas, além de complexos em Curitiba, Foz do Iguaçu, Bacacheri e Londrina, no Paraná, e Navegantes e Joinville, em Santa Catarina.
A proposta do grupo superou outras duas e a oferta representou um ágio (diferença entre os valores mínimos para lances estabelecidos pelo governo e os valores ofertados pelas empresas e consórcios vencedores) de 1 534,36%. O lance mínimo para vencer a disputa e conquistar a concessão desses empreendimentos por 30 anos tinha sido fixado em R$ 130,2 milhões
Investimentos
Com a entrada da iniciativa privada na administração desses aeroportos - até então administrados pela Infraero - o Ministério da Infraestrutura prevê um total de investimentos de R$ 2,8 bilhões nesses terminais durante o período de concessão e a criação de quase 48 mil empregos.
A receita estimada para toda a concessão do lote é de R$ 7,4 bilhões. De acordo com a pasta, "a importância do Bloco Sul se traduz na sua vocação econômica voltada ao turismo de eventos e negócios, além do transporte de cargas para exportação e importação. A região abriga importantes polos industriais nos setores de saúde e tecnologia, tendo os dois maiores portos secos da América Latina (Foz do Iguaçu e Uruguaiana)".
Estruturas
De acordo com a Infraero o Ruben Berta possui atualmente uma pista de 1,5 mil metros por 30 metros, terminal de 800 metros quadrados e possibilidade de atuar com 300 mil passageiros ao ano. No ano passado, o complexo registrou 270 operações, com 4 671 passageiros.
Apesar da pista similar, o Aeroporto Comandante Gustavo Cramer, em Bagé, possui menor capacidade. O terminal de passageiros tem 600 metros quadrados e capacidade para 200 mil usuários ao ano. Em 2020 foram registrados 437 pousos e decolagens, com 1 774 passageiros
Já o complexo de Pelotas possui uma pista de 1 980 metros por 42 metros, um terminal de 1 098 metros quadrados e pode atender até 800 mil pessoas por ano. O ano passado teve 771 voos, com 10 107 usuários.
Contrapartidas
As contrapartidas previstas no contrato de concessão a ser firmado incluem adequação da capacidade de processamento de usuários e bagagens, incluindo terminal de passageiros e estacionamento de veículos, a implantação de áreas de segurança de fim de pista, além de prover sistema visual indicador de rampa de aproximação do tipo Precision Approach Path Indicator (Papi), que auxilia o piloto na hora do pouso através de luzes. Se forem considerados os Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEAs) desenvolvidos sobre os aeroportos, o complexo de Uruguaiana precisaria de um investimento total de R$ 66 milhões (no prazo de 30 anos, mas boa parte dos recursos desembolsados no começo da concessão) para contemplar a adequação do nível de serviço e sua ampliação, segundo o crescimento esperado da demanda, enquanto Bagé de R$ 69 milhões e Pelotas de R$ 71 milhões.
Deixe seu comentário