URUGUAIANA JN PREVISÃO

TRÁFICO DE DROGAS

Audiências da Operação Fire movimentaram o Fórum nesta semana

Gabriela Barcellos/JC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Processo tramita na 2ª Vara Criminal

Ao longo de toda esta semana, a 2ª Vara Criminal de Uruguaiana realizou audiências referentes à Operação Fire, deflagrada pela Polícia Civil em junho do ano passado. A ação visava desarticular uma organização criminosa atuando no tráfico de drogas no município e ligada ainda a assassinatos encomendados. Ao todo, 56 pessoas respondem ao processo.

Desde a manhã de segunda-feira, 17/2, a Justiça colheu o depoimento de testemunhas de acusação – todos policiais que atuaram na operação – e de testemunhas de defesa. Os réus – alguns presos e outros em liberdade – foram interrogados. Alguns deles se manifestaram e outros preferiram permanecer em silêncio. As audiências, que ocorreram de manhã e à tarde, foram concluídas nesta sexta-feira, 21/2.

Próximos passos

As audiências realizadas são parte importante do processo, mas não indicam que ele esteja próximo de um julgamento, o que ainda deve levar alguns meses. Foi aberto prazo para que alguns documentos sejam juntados ao processo. Após, ainda será determinado o prazo para as chamadas alegações finais – primeiro do Ministério Público e após das defesas dos acusados.

A operação

A Operação Fire foi coordenada pelo delegado Nilson de Carvalho, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), contou com mais de 200 agentes da segurança pública, incluindo policiais civis, agentes penitenciários e servidores do Instituto Geral de Perícias (IGP), de 20 cidades, com emprego de 73 viaturas.

O objetivo foi a repreensão a uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas e a homicídios em Uruguaiana. A investigação teve início cerca de 10 meses antes da deflagração da operação, em julho de 2023, quando o corpo de Igor Montano, de 37 anos, foi encontrado carbonizado e com uma perfuração de arma de fogo na cabeça, dentro do carro dele.

A Polícia Civil apurou que o grupo criminoso ligado a morte da Igor comandava ao menos 80 pontos de venda de drogas no município e se estima que distribuía mais de 100 kg de entorpecentes por mês, incluindo maconha, cocaína e crack.

A Draco representou por medidas judiciais que foram deferidas pela 2ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa, em Porto Alegre. Foram mais de cem ordens judiciais, incluindo 53 mandados de prisão preventiva, 49 mandados de busca e apreensão e uma medida cautelar em imóveis de 19 bairros do Uruguaiana, além das penitenciarias moduladas de Uruguaiana, Montenegro e Charqueadas.

Entre os presos estão gerentes do tráfico e o líder da Organização Criminosa, que comandava o grupo inicialmente dando ordens de dentro do Presídio Central de Porto Alegre e, depois, de uma Penitenciária de Charqueadas.

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