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ALEGRETE

Homem condenado a 54 anos de prisão por matar a companheira grávida

Divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Promotora de Justiça Rochelle Jelinek foi responsável pela acusação

Em Alegrete, um homem de 25 anos foi condenado a mais de 54 anos de prisão por ter matado a companheira, grávida, em maio de 2021.

Paulo Cezar Franco da Silva Júnior foi julgado pelo tribunal do júri na sexta-feira, 14/2. Ele foi acusado de homicídio qualificado, com quatro qualificadoras reconhecidas pelo conselho de sentença: feminicídio, asfixia (enforcamento), motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. O crime também foi considerado majorado, por ter sido cometido contra gestante. Ele também foi condenado pelo crime de aborto provocado em terceiro no contexto de violência doméstica.

A vítima é Dienifer Aranguiz Gonçalves, de 18 anos, que estava grávida de seis meses quando foi morta. Ela esperava uma menina e foi encontrada enforcada, na casa que dividia com o réu, no dia 10 de maio de 2021.

Conforme a denúncia do MPRS, o feminicídio ocorreu porque o réu tinha dúvidas sobre a paternidade da filha que a vítima esperava. A mulher foi sedada e enforcada. A promotora de Justiça Rochelle Jelinek, que atua na cidade vizinha foi a responsável pela acusação

Inicialmente, a morte de Dienifer foi considerada como suicídio, mas a família dela, inconformada com a posição da Polícia Civil à época, procurou o Ministério Público.

“Esse caso teve uma peculiaridade, pois a Polícia Civil concluiu a investigação sem indiciamento, como suicídio. Fui procurada pela família da Dienifer, em um trabalho do MPRS de acolhimento às famílias das vítimas. Diante da inconformidade da família, o MP assumiu a continuidade da investigação”, explica a Promotora.

De acordo com ela, os celulares do réu e da jovem foram periciados pelo Núcleo de Inteligência do Ministério Público (NIMP), e partir dos metadados dos celulares o MPRS desvendar que, quando Dienifer foi morta, o réu estava com os celulares de ambos em sua posse, conectados à rede wi-fi do apartamento do casal, no local do crime e na hora do crime.

“O pai da vítima faleceu de infarto meses depois do crime, abalado com o que ocorreu com a filha e a neta. Mas, onde ele estiver, conseguimos dar essa resposta a esse pai e à família. O julgamento terminou de forma emocionante, o salão do júri estava lotado e todos se ergueram e aplaudiram em pé”, contou a promotora.

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