Queimadas na Amazônia vira CPI no Senado
O Senado deve instaurar ainda esta semana a CPI da Amazônia: uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar o desmatamento, as queimadas na região e os motivos que levaram o governo a perder os recursos que a Alemanha e a Noruega destinavam ao Fundo Amazônia. O líder da Minoria no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), anunciou em Plenário ter protocolado na terça-feira, 27/8, o pedido da CPI, com 30 assinaturas.
Para Randolfe, a tragédia na Amazônia foi um crime calculado, causado por ações do governo como o desmantelamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), e a redução do orçamento Ministério do Meio Ambiente (MMA) e de programas de prevenção e combate a incêndios. O amapaense declarou que o poder público tem sido omisso e que o Congresso deve se posicionar sobre o assunto.
Antes da sessão, questionado se o trabalho da CPI não chocaria com o que já está sendo realizado pela Polícia Federal, Randolfe garantiu à imprensa que os parlamentares têm a prerrogativa de instaurar as comissões de inquérito, sem prejuízo das demais investigações. "Em tempos em que o presidente da República reduz a autonomia da Polícia Federal, é necessário que o Parlamento dê uma resposta. Se há crime, o Parlamento precisa investigar. Há hipótese de o caso também configurar crime de responsabilidade, ser crime de natureza política. E lugar para isso é a instituição da política, que é o Parlamento", disse.
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