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Conflito Internacional

Israel, Palestina e Irã: Quando a Dor de Três Povos Vira o Sofrimento de Todos

O mundo assiste à distância mais uma vez, o desenrolar de uma guerra que, embora pareça acontecer longe, carrega ecos que atravessam fronteiras, rompem telas de televisão e redes sociais e, de alguma forma, nos alcançam.  

Por muito tempo acompanhamos com tristeza a guerra entre Israel e Palestina, um conflito marcado por décadas de sofrimento, desalojamento e morte, especialmente na Faixa de Gaza. Mas o que começou como mais uma ofensiva israelense contra o Hamas, após os ataques de outubro de 2023, tomou proporções genocidas em 2025. Agora, o Irã entrou de forma direta na guerra, e o que era uma disputa territorial se converte em uma crise internacional, carregada de ódio, vingança e consequências imprevisíveis 

O conflito atual entre Irã e Israel não é apenas uma disputa geopolítica ou um embate de lideranças, e acima de tudo, uma tragédia humana. De um lado, famílias iranianas soterradas sob os escombros de suas casas. Crianças fugindo de Teerã com medo de novos bombardeios. Hospitais lotados, sem equipamentos básicos. Do outro lado, israelenses vivendo em abrigos subterrâneos, correndo contra o tempo cada vez que as sirenes de alerta soam. Pais que beijam os filhos antes de dormir sem saber se estarão vivos no amanhecer. 

A guerra começou oficialmente com um ataque israelense a instalações nucleares iranianas, após anos de desconfiança sobre os avanços atômicos do Irã. O governo de Israel alegou “legítima defesa” porém não houveram precedências físicas para este ataque. O Irã respondeu com força, lançando uma enxurrada de mísseis contra cidades civis israelenses. Agora, o que se vê é um ciclo de ataque e retaliação, sem data para terminar. E no meio disso tudo, milhares de inocentes pagam o preço. 

Nós daqui, de nossos lares seguros, muitas vezes com a televisão ligada enquanto preparamos o jantar, a sensação é de impotência. Mas será que só nos resta assistir? A resposta é não. 

Podemos, sim, agir de alguma forma. Doar para organizações internacionais que atuam em zonas de conflito é um começo. Médicos Sem Fronteiras, Cruz Vermelha, ONU e outras entidades estão desesperadamente precisando de recursos para atender as vítimas. Também podemos pressionar nossos governos a se posicionarem de forma ativa pela paz, pela diplomacia, pelo cessar-fogo imediato. 

Também nas redes sociais, podemos ajudar a dar visibilidade às vítimas civis, para que os rostos dessas pessoas não se percam em estatísticas frias. Precisamos humanizar essa tragédia. Precisamos lembrar que, do outro lado do mundo, as mães choram pelos filhos. Pais enterram suas famílias. Crianças crescerão marcadas por uma guerra que nunca escolheram viver. 

Como cidadãos do Brasil, de qualquer país, podemos escolher não sermos indiferentes. A indiferença é o primeiro passo para a normalização da barbárie. 

Essa guerra não é só entre Israel e Irã. Ela é um lembrete de que, enquanto houver gente matando e morrendo por interesses de Estado, todos nós somos, de alguma forma, atingidos. 

Podemos: olhar, ouvir, ajudar e, principalmente, não esquecer. 

 


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