Alerta
Município intensifica campanha de vacinação contra o sarampo

Ilustração/Pexels. - A cidade não registra nenhum caso, mas segue com a campanha para ampliar a cobertura vacinal.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) iniciou nesta semana uma mobilização especial para ampliar a cobertura vacinal contra o sarampo em Uruguaiana. A ação faz parte de uma estratégia estadual que se estende até o dia 23 de setembro e busca proteger moradores e visitantes diante do aumento de casos na América do Sul e do registro recente de um caso importado no Estado.
Não há casos de sarampo registrados em Uruguaiana, mas, por ser uma cidade de fronteira e um dos principais pontos de passagem entre Brasil e Argentina, o município foi incluído pelo Governo do Estado entre os 35 municípios prioritários para a intensificação da vacinação.
A campanha é voltada a pessoas de 6 meses a 59 anos que não tenham recebido a vacina ou não possam comprovar as doses. Crianças menores de 1 ano devem ser imunizadas exclusivamente na Sala de Vacina do Posto Central, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h. Para os demais públicos, as doses estão disponíveis em todas as Estratégias de Saúde da Família (ESFs) do município.
Risco de retorno da doença
Após perder o status de país livre do sarampo em 2019, o Brasil havia recuperado a certificação em novembro do ano passado. No entanto, somente em 2025, já foram confirmados cinco casos no território nacional, incluindo um em Porto Alegre, relacionado a uma viagem aos Estados Unidos.
Nas Américas, os registros saltaram de pouco mais de 200 casos em 2024 para mais de 2.300 neste ano. Na Argentina, que faz fronteira com Uruguaiana, já há 32 casos confirmados, o que torna essencial ampliar a proteção da população local.
Alerta e prevenção
O sarampo é uma doença viral extremamente contagiosa, 9 em cada 10 pessoas suscetíveis podem se infectar ao ter contato com o vírus. Entre as complicações mais graves estão pneumonia, infecções neurológicas, perda auditiva e risco de morte, principalmente em crianças pequenas e adultos jovens. Para evitar surtos, é necessário que pelo menos 95% da população esteja imunizada.
As vacinas funcionam de forma etária. As crianças de 6 a 8 meses, recebem a dupla Viral. A partir dos 9 meses, a aplicação passa a ser Tríplice Viral, que também protege contra caxumba e rubéola. As doses são oferecidas de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Nota do Governo do Estado
De acordo com orientação do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, a campanha de intensificação prioriza cidades de fronteira e áreas com grande circulação de pessoas. Além da vacinação de rotina, a estratégia inclui revisão dos cartões de vacina e bloqueio seletivo nos casos suspeitos. Ou seja, quando há registro de um caso, todos os contatos próximos devem ter sua situação vacinal avaliada e serem imunizados, se necessário, em até 72 horas.
A orientação é que qualquer pessoa com febre, manchas avermelhadas na pele e sintomas como tosse, coriza ou conjuntivite procure atendimento médico imediato e evite contato com outras pessoas. Trabalhadores da saúde e da educação também têm indicação de atualização vacinal, conforme o calendário nacional.
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