A terça-feira, 2/3, foi marcada por recordes no Rio Grande do Sul. Infelizmente não foram marcas positivas. Com o aumento no número de hospitalizações em unidade de terapia intensiva em razão da covid-19, o Estado chegou, no início da tarde, a 98,6% de todos os leitos de UTI ocupados. Às 12h20min, o Rio Grande do Sul possuía apenas 40 vagas em UTIs. Nenhuma delas em Uruguaiana. De um total de 2 808 leitos públicos e privados, 2 762 estavam ocupados.

Em Uruguaiana os dez leitos da UTI Covid e os oito leitos da UTI Geral estavam ocupados. Em razão da pandemia foram montados leitos de UTI de retaguarda e um deles também estava ocupado ao final do dia. Em São Gabriel, que possui 20 leitos entre UTI Covid e UTI Geral, havia 19 pacientes internados. Em Alegrete são 18 leitos de UTI Geral e Covid para 16 hospitalizações existentes. Já Quarai e Itaqui não possuem UTIs e Rosário do Sul estava com seus 13 leitos ocupados. De acordo com a 10ª Coordenadoria de Saúde, nas primeiras horas da terça-feira, a taxa de ocupação de leitos de UTI na região era de 92,9%.

Ao anunciar o endurecimento de regras dentro do sistema de Distanciamento Controlado, que incluiu a decretação de bandeira preta em todo o território gaúcho, o governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou a criação de uma trava de segurança para evitar o colapso do sistema hospitalar. A regra determina que, sempre que a relação entre leitos livres e leitos ocupados de UTI ficar abaixo de 0,35, todo o Estado passa automaticamente para bandeira preta. Com a piora no cenário da pandemia, este número vem caindo ao longo dos últimos dias e, na segunda-feira, a relação entre leitos livres e ocupados chegou a 0,05.

A Santa Casa de Uruguaiana encerrou o dia com onze pacientes hospitalizados, em tratamento para covid-19 em leitos de UTI e outros 15 pacientes em leitos clínicos.