Cardeal Amarelo
Parque do Espinilho abriga ave em risco de extinção
Divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -
O Parque Estadual do Espinilho foi criado em 1975 juntamente com outras sete áreas com o objetivo de proteger ecossistemas significativos da paisagem gaúcha. Além da formação vegetal única, várias espécies da fauna estão associadas a esse tipo de formação, e dependem do Parque para a manutenção de suas populações.
De acordo com o gestor do Parque, Maurício Scherer, em razão do ecossistema ser único no Brasil, o espaço abriga aves endêmicas, ou seja, que ocorrem somente em uma região, e raras inclusive espécies que estão em risco de extinção. O grande destaque das aves é o Cardeal Amarelo, que, em vida livre no Brasil, são contabilizados somente 30 indivíduos. O Cardeal-amarelo é uma ave considerada bastante territorialista. Ele vive sempre na mesma área e suas crias saem para procurar novos territórios. O objetivo do parque é dar condições para que o animal continue existindo em vida livre no País.
Outras espécies como o Tio-tio-pequeno, Corredor-crestudo e Rabudinho também são consideradas raras e são protegidas pelo Parque que preserva o bioma do Pampa. Scherer conta que observadores de aves de diversas partes do Brasil e até mesmo de outros países vêm ao local para contemplar o Corta-ramos e o Caboclinho.
Segundo Scherer, uma das espécies endêmicas do parque, de suma importância e que é considerada um dos bens mais preciosos da reserva é o Inhanduvai. Essa árvore que só existe nessa área de proteção ambiental abriga um inseto que também só ocorre nesta espécie de árvore: o psilídio. Com isso, a proteção de uma espécie também ajuda a conservar a outra.
Visitação
O gestor do parque informou que para realizar a visitação no local é gratuita e basta agendar com antecedência mínima de 12 dias. Para o agendamento é preciso entrar em contato através do telefone (55) 9 9640- 0021 ou via e-mail peespinilho@sema.rs.gov.br.
Conforme Scherer, o parque não tem uso público instituído, sendo assim, a visitação é apenas por demanda e não tem horários pré-determinados de abertura e fechamento. Ele conta que a razão disso é que "faltam infraestruturas básicas para ter um uso público adequado. O parque deveria estar fechado ao público, mas nós fazemos questão que as pessoas venham".
Área
Em 2002 a área do Parque do Espinilho foi ampliada englobando áreas importantes para a conservação, incluindo parte do curso do arroio Quaraí-chico, até a sua foz com o rio Uruguai. Com isso, os 300 hectares iniciais se transformaram em 1.617,14.
Porém, durante a estiagem, no dia 22 de fevereiro, um incêndio de grandes proporções tomou conta do Parque. Por essa razão, a unidade de conservação ambiental sofreu uma perda de 150 hectares que foram consumidos pelas chamas, afetando a biodiversidade do local.
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